Deixei de comer frango comum há muitos anos, alerta ao risco de ingerir
substâncias químicas que fazem o frango crescer e agem em nós como
hormônios, fazendo o corpo inchar, os seios doerem com pontadas, a tpm
torturar a alma. Não me espantaria saber que nos homens dão problema de
ereção e aumentam os seios.
Os frangos Korin, produzidos pela
granja ligada à Igreja Messiânica, que tem ótimas posições em relação à
saúde física e mental, surgiram como boa alternativa aos caipiras
legítimos, raros e caros. Passei a comprá-los, aqui e ali, em alguns
supermercados. Apesar de coxas que parecem peito e peito mais sem graça
ainda, pelo menos a embalagem diz que são produzidos sem antibióticos e
promotores de crescimento.
Sempre preparo do mesmo jeito:
descongelo, tempero, asso com tampa ou sem ela, de vez em quando refogo.
Quando é frango inteiro separo asas, pescoço, pés e carcaça para fazer
canja longamente cozida. Tudo como todo mundo faz.
Pois bem:
outro dia comprei o frango, fiz a canja, assei o peito com coxas,
sobrecoxas e coxinhas da asa, tudo tampado… e sobrou mais de meio litro
de água no fundo da vasilha. Não entendi. E achei a carne ainda mais sem
graça do que de hábito.
Fiquei pensando que aquele frango
estava com edema, isto é: inchado. Como alguém que comeu muito sal e
reteve líquido. Tudo bem que não era o melhor frango da marca, que agora
tem um tipo orgânico certificado, mas ainda assim o preço é bem salgado
(epa).
Resolvi comprar uma bandejinha de sobrecoxas.
Descongelei, temperei, assei destampado em forno médio. E ao final? Um
lago no fundo da assadeira. E eu, no dia seguinte, me sentindo
esquisitinha, um tanto inchada, um tanto na tpm, mesmo estando muito
além da menopausa.
Alguém mais percebeu isso? O que estará acontecendo com o frango Korin?