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quarta-feira, 17 de julho de 2013

Em Campinas: ALIMENTAÇÃO, CANDIDÍASE, PARASITOSES E CÂNCER

A maior parte das grandes doenças do nosso tempo começa pequena, discreta, imperceptível, num lugar que usamos muito todos os dias: o estômago.

A falta de uma boa digestão nos impede de assimilar corretamente os nutrientes e deixa no tubo digestivo resíduos que vão produzir toxinas.

A falta de uma boa eliminação faz com que esses resíduos e toxinas alimentem parasitas que modulam nosso desejo na direção de pseudoalimentos, bons para eles e péssimos para nós. Não só no estômago e nos intestinos, mas no sangue, nos órgãos vitais, nas juntas, nos tecidos moles que doem aqui e ali.

Não se trata apenas de comer melhor. Trata-se de não adoecer.

Num momento em que se tornaram corriqueiros os diagnósticos de doenças graves, o que podemos fazer para não tê-las?
::
ALIMENTAÇÃO, CANDIDÍASE, PARASITOSES E CÂNCER

PALESTRA DE SONIA HIRSCH
NO INSTITUTO ÍSVARA, EM CAMPINAS
6a feira 26 de julho 18:30
Rua Sampaio Peixoto 29 Cambuí
tel 19 3203 - 1918

http://www.isvara.com.br/Palestra_Sonia_Hirsch.html

terça-feira, 12 de março de 2013

Alô alô, Sampa! 16/3, sábado, às 11h: palestra sobre a dieta do dr Barcellos

Nunca é demais falar sobre comer bem. Especialmente quando comer bem significa recuperar e manter a saúde.

Sábado próximo estarei mais uma vez, e mais uma vez feliz, no Parque da Água Branca, junto à feirinha de produtos orgânicos, conversando e autografando das 9 às 11h.

Em seguida faço a palestra numa das salas de lá. Sou fã dessa dieta. E do Parque. E de Sampa.

Espero vocês!


segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Feliz ano novo: A poderosa dieta do dr Barcellos contra o que nos faz adoecer




DESINFLAMATÓRIA,
DESINTOXICANTE,
EMAGRECEDORA


A PODEROSA DIETA 
DO DR BARCELLOS
CONTRA O CÂNCER
E TODAS AS ALERGIAS


Mágica? Parece.

Deixar de comer por alguns dias os alimentos proibidos na dieta do dr. Barcellos já faz a maior diferença, mesmo para quem não tem câncer, asma e outras alergias. Os tecidos do corpo desincham e se recuperam. A barriga murcha. A pessoa emagrece. A disposição melhora. O sono melhora. A pele clareia.

Fazer a dieta do dr. Barcellos por alguns meses, constatando os benefícios progressivos, pode levar a reflexões mais profundas sobre alimentação, bem-estar e manutenção da saúde. E demonstrar na prática o quanto cada pessoa pode tomar as rédeas de seu próprio corpo, isto é, de sua própria vida.

Raul Barcellos, médico carioca falecido há pouco tempo, aprendeu praticamente sozinho. Aos 14 anos, asmático de família asmática, começou a reparar na relação entre a comida e seus ataques de asma. Formou-se advogado porque ganhou bolsa de estudos, mas não descansou enquanto não foi estudar medicina. Na bioquímica descobriu que a proteína de certos alimentos pode desencadear reações alérgicas e inflamatórias, que se transformam em processos degenerativos quando os tecidos estão afetados por lesões como as causadas por parasitas e toxinas. Ao longo de 40 anos de clínica, para ele ficou claro que o câncer é uma forma avançada desse mesmo tipo de reação.

Na indústria médico-farmacêutica, drogas são desenvolvidas para conter o câncer interferindo quimicamente na absorção ou organização das proteínas. A dieta do dr. Barcellos entrega o poder ao paciente: basta ele não ingerir os alimentos que contêm determinadas proteínas para fazer estacionar ou regredir o tumor. A asma. As alergias.

DIETA & PARASITOSES

Esta tem sido minha dieta de referência desde 1995, quando conheci o dr. Barcellos. Logo publiquei um pequeno livro sobre seu trabalho (www.correcotia.com/cancer) e percebi que precisava fazer uma publicação sobre vermes, já que a vermifugação persistente era essencial em sua estratégia clínica para reverter câncer, asma, alergias em geral e algumas doenças crônicas e degenerativas. “Você pode fazer a dieta para sempre que não vai ter sintomas”, dizia ele aos pacientes , “mas a dieta não é o tratamento.” E mandava fazer exames de fezes de 10 em 10 dias, até dar positivo. Aí travava as parasitoses encontradas e acompanhava os exames, de sangue e de fezes, até se dar por satisfeito.

Na época eu ainda tinha muitas reações alérgicas e a dieta me livrou delas. Inesperadamente, me livrou também da perspectiva de um mioma. Ultrassonografias do útero feitas ao longo dos quatro ou cinco anos anteriores mostravam crescente espessamento do endométrio, a membrana que reveste o interior do útero, que aparecia aumentado. Com a dieta ele voltou ao tamanho normal e assim ficou.

Em 1997/1998 escrevi o Almanaque de Bichos que dão em Gente (www.correcotia.com/vermes), que ampliou muito a minha compreensão sobre os caminhos do dr. Barcellos. Tratei amebíase e outras parasitoses e eliminei, com compressas de argila e sementes de abóbora, larvas de tênia localizadas na cabeça, nas costas e nas pernas.

QUESTÃO DE PONTO-DE-VISTA

“Não é feia”, disse a dermatologista homeopata Silvia Flaksman quando fui lá, outro dia, mostrar uma pereba. “Tudo em você sai na pele, isso é uma bênção!”. 

“Tudo” pode ser muita coisa. Frutos do mar me deixam manchas vermelhas que depois ficam escuras; carne de porco, às vezes, também, ambos sabidamente alergênicos; tofu, na fase macrô, me engrossava a pele dos cotovelos; e sou sardenta.

A bênção: coisas que aparecem na pele podem ser, e geralmente são, eliminação concentrada de toxinas. Esta é uma das funções da pele: deixar sair. Pode-se ajudar nessa limpeza de muitas formas, por exemplo usando emplastros de argila ou inhame.

Tirar fora ou bombardear quimicamente qualquer pequena anomalia dos tecidos, internos ou externos, é uma prática invasiva que vem sendo denunciada por eminentes médicos e cientistas do mundo inteiro. Muitas vezes aquele conjunto de células destrambelhadas não vai causar qualquer mal; será substituído naturalmente por um conjunto de células boas e a normalidade relativa se restabelecerá. A política de “detecção precoce” do câncer, chamada erroneamente de prevenção, acaba levando a uma epidemia de diagnósticos imprecisos e tratamentos desnecessários, prejudiciais à própria saúde.

Tudo muda o tempo todo. O imprevisível acontece também do jeito bom. Em 21 dias o sangue se renova e começa a trabalhar a favor do corpo, um sistema autorregulável que se recupera facilmente em condições propícias.

MAS E A DIETA?

Dureza é constatar que os alimentos implicados na dieta do dr. Barcellos são comuns demais na nossa rotina alimentar. 

Feijão, por exemplo, brasileiro come todo dia. Hipócrates, o pai da medicina ocidental, já dizia: “São tão ricos os feijões que poderíamos viver só deles, mas tão tóxicos que só podem ser comidos com algum cereal”.

Leite, queijo, iogurte, manteiga e outros laticínios, bem como bolos, biscoitos, pães e tortas preparados com eles, são quase regra no café-da-manhã, no lanche, no fast-food. Muitos velhinhos vivem de leite e biscoitos – mal, é claro. Além de sua proteína ser desenhada para o crescimento de quadrúpedes ruminantes, o leite pode conter resíduos de substâncias tóxicas e carcinogênicas altamente indesejáveis, como metais pesados, pesticidas e antibióticos.

Batatas? Meu Deus! O mundo é feito de batata-frita, batata-assada, batata cozida, purê de batata, fécula de batata, pão de batata. Uma greve de batatas seria a revolução na cozinha. Entretanto, apesar de ter salvado a Europa da fome, a batata-inglesa é conhecida por aumentar dores artríticas e musculares, entre outras, além de elevar rapidamente o nível de glicose no sangue.

Carnes de porco, lagosta e camarão, a Bíblia já dizia para não comer e há muitos casos de edema de glote e outras reações alérgicas graves devido a elas. Mas povos saudáveis, como os chineses, comem bastante carne de porco - devem ter um segredo qualquer, um modo regular de eliminar as toxinas, eles que entendem tanto disso.

Aveia, abacate, castanha-portuguesa e vitamina C sintética completam a lista das proibições. Doem menos.

– Nossa, mas não sobrou nada!, exclamam as pessoas. – O que é que vamos comer?!

Sobra muita, muita coisa no grande universo de alimentos. Quem sabe chegou a hora de mudar o padrão e fazer novas descobertas?

Não há nada a perder, nem efeitos colaterais indesejáveis. É simples demais para não tentar.

NÃO PODE COMER:

. leite e todos os derivados, queijo, iogurte, kefir, etc, e qualquer coisa feita com eles

. leguminosas: feijões secos e verdes de todos os tipos, vagem, ervilha, grão-de-bico, lentilha, favas, tremoços, soja e seus derivados e qualquer coisa feita com proteína ou leite de soja; amendoim, que é um tipo de feijão

. carnes de porco, lagosta e camarão

. tubérculos: batata-inglesa, batata-doce, mandioca/aipim/macaxeira, batata-baroa/batata-salsa/mandioquinha 

. aveia

. abacate

. castanha portuguesa

. vitamina C sintética

O QUE PODE: (atualizado em 1/1/13 às 20:37)

. leite de coco, de amêndoas, de castanhas, de arroz

. óleo virgem de coco, azeite extravirgem de oliva, óleos prensados a frio

. quase todos os cereais: arroz, trigo, cevada, centeio, painço, quinoa, amaranto, trigo-sarraceno, milho - e suas farinhas, se possível integrais

. quase todas as carnes: gado bovino, caprino e ovino, aves, peixes, ovas de peixe, caldo de rã (só o caldo)

. ovos de galinha orgânicos

. todas as raízes: cenoura, nabo, bardana, rabanete comprido

. os cormos: inhame, taro, cará (não são tubérculos, que o dr. Barcellos proíbe)

. todos os frutos: abóboras, abobrinhas verde e menina, chuchu, pepino, tomate, pimentão, beringela,
quiabo, maxixe, jiló, cará-moela

. rodos os rizomas: gengibre, cúrcuma (açafrão-da-terra)

. todos os bulbos: cebola, alho, funcho/erva-doce, aipo/salão, alho-poró, nabo, rabanete, beterraba, couve-rábano

. todos os caules e medulas: aspargo, palmito, broto de bambu

. todas as folhas: acelga, alface, chicória, agrião, mostarda, escarola, rúcula, espinafre, vinagreira, almeirão, bertalha, catalona, couve-chinesa, dente-de-leão, serralha, salsa, coentro, nirá, cebolinha, hortelã, caruru, bredo, ora-pro-nóbis, beldroega, shissô, manjericão, taioba, couve, repolho, couve-de-bruxelas, brócolis, couve-flor, e ainda as folhas de cenoura, nabo daikon, aipo, alho-poró e outras muitas   

. as flores: brócolis, couve-flor, alcachofra, capuchinha, flor de abóbora, flores de ipê

. os brotos: de qualquer semente orgânica que não seja leguminosa – trigo, alfafa, trevo, nabo,
abóbora, girassol

. todos os cogumelos

. as sementes: gergelim, girassol, abóbora, nozes, castanhas, amêndoas, coco, pupunha (não amendoim)

. os alimentos que evitam e combatem infecções parasitárias: inhame, cenoura, cebola, maxixe, agrião, alho, salsa, cebolinha-verde, coentro, nirá, hortelã, mastruz, erva-de-santa-maria, couve, abóbora e suas sementes, coco, amêndoa, óleo de gergelim, raiz-forte, trigo-sarraceno, arroz cru, sementes de mamão

. os temperos que alimentam e curam: alho, cebola, cebolinha, salsa, coentro e suas sementes, salsaparrilha, orégano, tomilho, manjericão, sálvia, alecrim, hortelã, cominho,  gengibre, cúrcuma, zimbro, noz-moscada, cravo, cardamomo

. todas as frutas, exceto abacate

TAMBÉM PODE, COM JUÍZO

. pipoca

. chocolate amargo ou meio-amargo que não leve leite ou soja, de boa qualidade

. biscoitos e cookies integrais de farinha de trigo sem leite nem soja

. bolo feito com leite de coco em lugar de leite e manteiga

. frutas em compota ou calda, doce de abóbora

…e outras guloseimas sensatas. 

Evitar excessos em geral, especialmente de produtos industrializados e farináceos.

ENCARANDO E +

O problema com as dietas é um só: não se render à primeira tentação. Isso exige disciplina, que deve estar ancorada numa boa motivação.

Tratar os vermes, ao iniciar a dieta, é muito importante para ajudar. Eles influem muito em nosso comportamento; estão por trás de grande parte das compulsões alimentares e de distúrbios emocionais recorrentes, como ansiedade e depressão.

Entrei nessa dieta de novo há dois meses porque estava gordinha, sentindo o abdome inchado.  Trabalho a musculatura abdominal há muitos anos e senti a capacidade de contração diminuída, pesada. Inflamação incha, vocês sabem, e o que as proteínas irritantes produzem no princípio é um estado de inflamação nos tecidos – especialmente nos intestinos, o que faz a barriga se expandir.

Pois bem: com 40 dias de dieta meu corpo começou a voltar ao normal. Perdi a aversão ao espelho que vinha tendo. A autoestima subiu. Fiquei feliz. Recuperei roupas. Mais uma vez coloquei à prova as coisas em que acredito, e como se vê, deu certo – é assim que vou continuar comendo por alguns meses mais.

Até porque o período de festas sempre me faz sair do sério.

Só eu?

BENVINDO 2013!

Saúde, felicidade e vida longa para todos. E muitas sementes de saúde e felicidade também.



quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Prevenção do câncer: Palestra de Susana Ayres em Brasília


A Susana Ayres, vocês sabem, é minha amiga querida do fundo do coração, e companheira de pesquisas há 15 anos. Quando nos conhecemos eu tinha acabado de escrever o livro sobre a dieta do dr Barcellos contra o câncer (e todas as alergias) e conversamos muito. As ideias dele faziam sentido para nós duas. Susana começou a observar a relação entre a alimentação dos pacientes e os sintomas, as dores. Batia com o que ele afirmava. Com pequenos ajustes na alimentação, os tumores estacionavam ou regrediam.

E aí emburacamos pelos vermes, segundo ele o fator mais comum de lesões com células cancerosas que passam a se multiplicar rapidamente quando há disponibilidade de certas proteínas. Susana e eu trocamos mil ideias, estudamos, amadurecemos. Acabei escrevendo o Almanaque de Bichos que dão em Gente no clima de bom humor bendito que sempre caracterizou nossas conversas. Falo dela no livro.

Formada em Fisioterapia e Acupuntura, com muitos cursos de massagem, fitoterapia e outras artes de tratamento e alívio, Susana busca conjugar os conhecimentos ocidentais e orientais em benefício do paciente. Entende de alimentação. E é especializada em avaliação energética, inclusive de parasitoses. Mas isso vocês sabem, porque falo muito do trabalho dela no blog. Ou não sabem? Uma amostrinha: http://www.soniahirsch.com/2010/09/detox-susana-ayres-e-os-tres-niveis-de.html

Então... Susana fará uma palestra em Brasília AMANHÃ, 6a feira, 26/10/2012, às 19h, sobre câncer e alimentação. Os tópicos: Alimentos que favorecem o câncer, Intoxicação e câncer e Atitudes para desintoxicar.


Quem for lá, dá um beijo nela por mim?

LOCAL: SEBINHO, SCLN 406, BLOCO C, LOJA 44
BRASILIA, DF

SITE: susanagigoayres.com.br

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Papo de câncer: Ser ou não ser, eis a questão




A propósito do câncer que não era câncer na tiróide da presidente Kirchner, fiquei lembrando do dr. Barcellos.

Raul Barcellos foi um médico carioca que primeiro fez Direito, com bolsa de estudos, para poder sustentar a mãe viúva e os irmãos, e só mais tarde cursou Medicina, quando já estava financeiramente estabilizado. Medicina era sua paixão antiga, por razões pessoais. Asmático, de família asmática, aos 14 anos começou a perceber que tinha mais acessos de asma quando comia certos alimentos. Privado deles, a respiração permanecia normal. Foi testando um e outro, fazendo-se de cobaia, e passou a ter somente as crises inevitáveis.

Já formado, dava plantão num hospital e ao fazer um parto constatou que a parturiente estava cheia de tumores.  Colocou-a na dieta e mandou voltar dali a um mês - para constatar que os tumores haviam regredido. Confirmava, mais uma vez, a suspeita adquirida nos anos de estudo, especialmente de bioquímica: de que o câncer poderia ser uma forma avançada de reação alérgica, em que proteínas mal utilizadas faziam crescer os tumores.

Mas era preciso haver uma causa, uma lesão inicial, uma perda de imunidade nos tecidos para que a organização natural falhasse. Naquele tempo era fácil obter bons exames de fezes. Quando o primeiro dava negativo ele mandava repetir de 10 em 10 dias até dar positivo, para saber o que deveria tratar; pelo exame de sangue já sabia que nas pessoas com tumores havia sempre a presença de vermes, especialmente helmintos, representados pelo aumento da eosinofilia. (Eosinófilo é um tipo de leucócito, célula branca, encarregada da defesa, que corrói a cutícula de parasitas grandes; frequentemente sua presença é explicada apenas como sinal de alergia.)

O que ele pensou: o tecido lesionado pela infecção parasitária passa a escolher mal os aminoácidos de que precisa para se recompor. Todos os dias morrem células, todos os dias surgem células novas. A proteína é necessária para formá-las e se compõe de diferentes combinações entre os aminoácidos que circulam pelo sangue, uns e outros sendo escolhidos conforme as especificações do DNA: não nascem unhas na cabeça ou cabelos nas pontas dos dedos. No local afetado, ruminava ele, o tecido deixa de fazer as escolhas corretas. Por isso a supressão de certos alimentos fazia regredir o tumor. Retirava de circulação os aminoácidos impróprios.

Além da dieta, o que mais era necessário? Acalmar, fortalecer o paciente, ajudar na desintoxicação e acabar com a parasitose. Para isso ele dava um remedinho antidistônico, que depois sumiu do mercado; sulfato ferroso; comprimidos de metionina, um aminoácido desintoxicante que também quase sumiu; e tratava a parasitose, repetindo os exames de fezes e observando a curva da eosinofilia.

- Cadê esses pacientes?, perguntei a ele quando nos conhecemos.

- Sumiram, professora (ele me dava esse título honroso mas indevido). O paciente fica bom e desaparece. Eu sempre aviso que a dieta não é o tratamento, que quando tiver alta a pessoa pode voltar a comer de tudo, mas os sintomas somem e o paciente também...

Ele queria fazer o protocolo científico de seu método. Peregrinou por todos os hospitais do câncer sem ser ouvido. Acabou encontrando uma brechinha na Clínica Campo Belo, em Jacarepaguá, Rio de Janeiro, onde lhe concederam a oportunidade de aplicar a dieta no pavilhão de pacientes terminais. Só a dieta, sem qualquer medicamento. Um dos diretores da clínica, dr. Henrique dos Santos Bartholo, também médico, escreveu para a orelha do livro que publiquei a respeito, A dieta do dr Barcellos contra o câncer (e todas as alergias): "É com grande prazer que vejo o trabalho do dr. Raul Barcellos sendo exposto. Tive o privilégio de acompanhar durante alguns meses sua dedicação absoluta a pacientes oncológicos considerados fora de possibilidade terapêutica, internados no Hospital de Apoio, onde a maior luta travada é certamente contra a desesperança dos pacientes e a angústia do próprio corpo clínico. (...) Não poderia, por uma questão de coerência, deixar de registrar as melhorias objetivas e subjetivas observadas por mim nos pacientes durante a permanência do dr. Raul naquele pavilhão. (...) Mais uma vez, dr. Raul, obrigado por sua obstinação."

enquanto isso...

Longe dali, primeiro nos Estados Unidos, depois no México, uma cientista canadense chamada Hulda Clark afirmava a quem quisesse ouvir que 100% dos pacientes de câncer têm um verme no fígado, a Fasciolopsis buskii, fascíola em português, verme achatado em forma de folha, do qual existem alguns tipos, um deles específico do fígado. A princípio a F. buskii não seria um parasita humano. Os cistos dessa fascíola porventura ingeridos numa salada de agrião cru, por exemplo, contaminado por caramujinhos, têm uma carapaça que nenhuma substância normal da nossa bioquímica conseguiria dissolver. O que a dra. Clark constatou é que passamos a dissolvê-la porque o interior do corpo dispõe de solventes adquiridos com o uso cada vez maior de produtos industrializados. Um deles, álcool isopropil, parece que dá conta da carapaça num piscar de olhos. Lendo os rótulos, é impressionante a frequência com que aparece propil no meio de um nome e benz, de benzeno, no meio de outro.

As outras fascíolas, habituais em mamíferos, também não são boazinhas. Comem os dutos biliares e produzem muitos sintomas desagradáveis, quando não mortais. Sempre que ouço falar de hepatite, cirrose sem causa óbvia ou tumor no fígado fico pensando nelas. Segundo a dra. Clark, a endometriose acontece porque elas carregam pedacinhos do tecido do endométrio para fora quando atravessam as paredes do útero. Sim, os vermes se movimentam à vontade dentro de nós. Dizem os eruditos que não há parte do corpo que não seja visitada por algum parasita pelo menos uma vez na vida.

A dra. Clark descreve o tumor como um antro de parasitas de toda espécie - vermes, protozoários, fungos, bactérias, vírus, todos se reproduzindo sem parar e gerando toxinas e hormônios que alteram o ecossistema local. Frequentemente o câncer se comporta exatamente como um fungo. Alguns cientistas defendem a ideia de que o câncer é uma simbiose da célula humana com os fungos.

enquanto isso...

No hospital da Universidade de Tóquio, uma mulher estava anestesiada na mesa de cirurgia e o bisturi fez o primeiro corte sobre o que se considerava ser o tumor. Para espanto geral, pela abertura saiu uma larva viva de Spirometra europaeierinacei que qualquer um adquire em qualquer lugar do corpo e do mundo. O flagrante foi registrado pelo dr. Nobuaki Akao, diretor da faculdade de parasitologia da Universidade de Tóquio. Troquei emails com ele, pedindo autorização para publicar a foto no Almanaque de Bichos que dão em Gente, e perguntei se era um evento muito raro. A resposta: "Só aqui, neste hospital, e somente no seio, são uns 20 casos por ano. Fora os outros lugares do corpo."

voltando...

O dr. Raul Barcellos morreu há alguns anos, mas sua dieta e a noção de que todos podemos ter parasitoses envolvidas em doenças crônicas e degenerativas vêm ajudando milhares de pessoas. Os alimentos proibidos:

. leite e derivados
. carnes de porco, lagosta e camarão
. feijões de qualquer tipo, ervilha, lentilha, grão-de-bico, vagem, feijão-verde, soja e derivados, bem como seus brotos
. tubérculos: batata-inglesa, batata-doce, batata-baroa (mandioquinha), cará, aipim/mandioca e suas farinhas
. aveia, abacate, castanha portuguesa e vitamina C sintética, ou seja, em suplementos.

Essa dieta também emagrece. Quando fiz, fiquei totalmente livre das alergias e de um espessamento do endométrio que costuma anunciar mioma(s) no útero. Quinze anos depois, continuo observando as reações que tenho diante desses alimentos, às vezes sim, às vezes não. A médica dermatologista Silvia Flaksman me disse, na última pereba que tive, que eu devia erguer as mãos para o céu porque tudo me sai na pele. É melhor o que a gente vê. Porque aí também vê regredir quando toma uma providência - às vezes até bobinha, como não comer queijo.

Leite, seus derivados, carne de porco e camarão são conhecidos por provocar reações alérgicas altamente inflamatórias nas mais diversas pessoas. Gripes e resfriados, por exemplo, podem ser uma forma de descarregar as toxinas e os resíduos que eles deixam. Não são autolimpantes, como os vegetais. Antigamente eram chamados de remosos, isto é: deles fica uma reuma, um catarro, uma gosma que se incorpora à gente. Como a gosma do frango, que se esfrega com limão para tirar. Ela eventualmente produz espinhas e furúnculos que o corpo tenta eliminar através da pele, ou vaga dali praqui, cheia de nutrientes que interessam muito aos bichos, podendo formar com eles uma unidade igual à do supermercado com o ser humano. Instalam-se onde possam se alimentar, tomando cada vez mais o território para si e sua prole. Faz sentido?

quinta-feira, 24 de março de 2011

Presidente Dilma: Nem só de câncer vivem os problemas no seio (e no resto do corpo)

Estava eu pesquisando para meu querido Almanaque de Bichos que dão em Gente, em 1997, quando me deparei, num site japonês de parasitologia, com as fotos acima. Fiquei três dias arrepiada e quando os cabelinhos assentaram escrevi ao autor da foto, cujo email estava no site: Dr. Nobuaki Akao, então diretor da Faculdade de Parasitologia da Universidade de Tóquio, Japão. Pedi licença para publicar as fotos no meu livro e perguntei se aquilo era um caso raro. Ele deu permissão e respondeu que só no seio, só naquele hospital, eram uns 20 casos por ano. Façam as contas e imaginem outros lugares do corpo e outros hospitais. 

A criatura em questão é uma espargana, larva de Spirometra europaeierinacei, muito comum em cachorros, gatos e humanos no mundo inteiro. E a mulher estava sendo operada, supostamente, de um câncer no seio. Como diz o parasitologista americano Dr. Geoffrey Lapage, em seu livro Animals parasitic in man: “Não há parte do corpo humano, bem como de outro hospedeiro qualquer, que não seja visitada por algum tipo de animal parasitário em algum momento de sua história de vida.”

Entendo que a Presidente se preocupe com a saúde do povo. Que com certeza pode ter câncer, e ser ajudado, ou não, pelo que se chama de prevenção e na verdade é detecção de alguma coisa que quase sempre se supõe câncer. E pode morrer, sempre do câncer que volta depois do tratamento, ou salvar-se, como ela, e ficar grato.

Mas não posso deixar de pensar que o país ganharia muito em qualidade de vida e economia de gastos com saúde - e doença - se fosse restabelecido o padrão de eficácia dos exames de fezes, que decaiu junto com a ascensão do câncer, hoje um diagnóstico epidêmico. É como se as pessoas não tivessem mais tênias, amebas, lombrigas, estrongiloides, giardias, triquinas, esparganas, amarelão e tantos outros hóspedes cujos ovos e cistos aparecem nas fezes. Crianças são hiperativas ou têm DDA, nunca vermes. Convulsão? Leva-se ao neurologista, que pode receitar um anticonvulsivante sem pensar duas vezes. No entanto: lombrigas e outros vermes provocam convulsão, bem como falta de concentração.

Parece que a medicina perdeu o hábito de pedir os diagnósticos diferenciais adequados. No seio, então, a primeira e quase única sentença é sempre câncer. Mesmo sabendo-se claramente que vermes, protozoários e fungos geram quadros muito semelhantes na aparência, na dinâmica dentro do corpo ou na gravidade, por exemplo: amebas provocam abcessos necrosantes no fígado; fascíolas comem os dutos biliares e produzem lesões multiloculares também no fígado; fungos provocam massas tumorais; tricomonas atacam o colo do útero e a próstata; amebíase intestinal evolui quase sempre para câncer de intestino e reto; paragonimus habitam os pulmões; esparganas alojam-se nos seios, como se pode ver para crer; e por aí vai.

Enquanto as máquinas de mamografia podem ser mal calibradas, e as imagens mal interpretadas, e a radiação repetida todos os anos afetar os seios das mulheres de todas as idades, os cientistas da parasitologia não brincam em serviço. Usam exames de fezes, serológicos [de sangue] e radiológicos. As doenças infecciosas e parasitárias ainda são as que mais matam e as que mais minam a saúde do povo. Os parasitas estão no planeta há 600 milhões de anos, Presidente Dilma. Nós estamos há 2 milhõezinhos só. Eles são, digamos, mais preparados.

Ouso dizer: Não se iluda, Presidente. Está linda a sua foto com as famosas, mas não é a mamografia que vai fazer diferença na saúde do povo. O problema médico mais generalizado e nunca mencionado é de outra ordem. Olho vivo.

domingo, 5 de setembro de 2010

Papo de câncer: Beija-flor, açúcar & fungos

Deu no jornal O Globo, coluna do Joaquim Ferreira dos Santos, dias atrás:

"O ornitólogo Paulo Maia pede que não se dê água com açúcar para o beija-flor. O açúcar em contato com a água, que não é renovada, forma fungo que dá câncer no bico."

Qualquer semelhança com humanos, açúcar, candidíase e câncer não é mera coincidência.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Comer bem: Agrotóxicos na contramão

Deu no Estadão e a Cláudia Vaz, lá de NY, mandou pra cá. Valeu, Cláudia!

Uso de agrotóxicos é indiscriminado no País, diz Anvisa

Qua, 23 Jun

Levantamento divulgado hoje pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em amostras de frutas e verduras à venda para o consumidor revela uso indiscriminado de agrotóxico no País. Das 3.130 amostras coletadas, 29% apresentaram problemas, que vão desde uso de defensivos não permitidos para a cultura ou sem registro no País até alto grau de resíduos de agrotóxicos no alimento. Pelo segundo ano consecutivo, o pimentão foi o produto com maior índice de irregularidades: 80% das amostras analisadas pela Anvisa foram consideradas insatisfatórias. Em seguida, estão a uva, pepino e morango.

"Os números preocupam bastante", avaliou o presidente em exercício da Anvisa, Dirceu Barbano. "Agrotóxico é veneno, seu uso tem de ser feito com limite", completou, ao apresentar o trabalho. A análise foi feita em 26 Estados. Dados de São Paulo não foram revelados, porque o Estado usa metodologia própria para a avaliação dos resultados. Para fazer estudo, técnicos pesquisaram a presença de 234 tipos de agrotóxicos em 20 culturas diferentes. Batata, banana, feijão e maçã foram as que apresentaram menor índice de irregularidades.

Uma das maiores preocupações da Anvisa está no alto grau de uso de produtos que estão sob reavaliação da agência por causa do alto risco à saúde. O trabalho revelou o emprego desses agrotóxicos em culturas para as quais não há autorização. No momento do registro, é definido em que culturas o agrotóxico pode ser aplicado. "O desrespeito dessa recomendação aumenta o risco do consumo de resíduos desses agrotóxicos, porque eles não são levados em conta no cálculo do impacto na ingestão diária do produto", explicou o gerente de toxicologia da Anvisa, Luiz Cláudio Meirelles. O consumo de agrotóxicos em porcentuais acima do recomendado dificilmente são notados no dia-a-dia. "As doenças vêm a longo prazo. Somente em casos de contato com grande quantidade do produto é que surgem as intoxicações", completou.

Outro problema apontado foi o aumento das amostras em que foi detectado o uso de produtos que não estão registrados no País. "Esse é o pior dos mundos. Não sabemos que substâncias estão nos produtos, em que quantidade. É o descontrole total", resume Meirelles.

sábado, 5 de junho de 2010

Cúrcuma, Pimenta & Cia Ltda

Recebo email de uma amiga do blog oferecendo links dos estudos científicos sobre a necessidade de se associar cúrcuma com pimenta-do-reino para que seja bem absorvida pelo organismo.

O que ela coloca, de forma muito elegante, é a mesma coisa que a Glaucia - fitonutricionista cheia de títulos que resolveu entrar no blog atirando - quis dizer. Ambas na sintonia de que é bom, e só é bom, usar cúrcuma com outra coisa que aumente a sua biodisponibilidade, no caso pimenta-do-reino, citando estudos laboratoriais e tal.

Vejo que preciso esclarecer melhor a minha restrição.

Quando escrevo sobre a cúrcuma citando o uso tradicional e os benefícios do uso tradicional, estou com o foco em usar na comida como tempero, ou como chá, ou lambedor com mel pra rouquidão e dor de garganta. Meu foco é a promoção da saúde na cozinha de cada dia. Quem tem saúde não fica pensando em câncer.

Cápsulas de nutracêuticos para prevenir o câncer não entram na minha pauta, não fazem parte das minhas preocupações. Não se fazem em casa. Para tomar em cápsulas as exigências podem ser outras. Os laboratórios vão achar os meios, encapsular e vender.

Incitar as pessoas a acatar conclusões laboratoriais como se fosse preciso um saber científico para se usar a cúrcuma é chose de loque. Vai ter gente comendo mais pimenta para poder usar a cúrcuma. Isso é muito insensato e perigoso, do meu ponto de vista; não tem nada a ver com a orientação tradicional que eu pesquiso e divulgo, especialmente neste blog.

Consegui me explicar?

segunda-feira, 15 de março de 2010

Cozinha medicinal: Kvass de beterraba controla cândida?

Estava pesquisando sobre gordura & candidíase no livro Eat fat, loose fat, de Mary Enig e Sally Fallon, da Weston A. Price Foundation, quando me  deparei com o seguinte texto: "Christine sofreu com candidíase muitos anos (...) e começou a tomar o kvass de beterraba, uma xícara antes de cada refeição. Os resultados foram mágicos. Os sintomas de cândida desapareceram imediatamente e a fadiga também."

Kvass é uma bebida fermentada de origem russa, geralmente feita a partir de um pedaço de pão seco, ou da própria massa crua do pão. Refresca, alimenta e é muito popular. Tem sido amplamente usado na Europa em terapias contra o câncer. Depoimentos de adeptos indicam que é excelente contra fadiga crônica, sensibilidade a produtos químicos, alergias e problemas digestivos.

O kvass de beterraba aparentemente ajuda no controle da candidíase por seus "extraordinários poderes curativos: grande tônico do sangue, promove a regularidade intestinal, ajuda a digestão, alcaliniza o sangue, limpa o fígado e é um bom tratamento para pedras nos rins". Não é propriamente gostoso, mas cerveja também não é e a gente bebe, e ainda por cima a cor é linda.

Modo de fazer:

. 2 beterrabas médias ou 3 pequenas, orgânicas, sem casca, picadas com faca (não raladas nem processadas)

. 1/4 de xícara de soro de leite feito em casa (colocar leite cru numa vasilha e deixar talhar, coar num pano e colher o soro em outra vasilha) (o coalho, pendurado numa trouxinha de pano durante a noite, vira um queijinho para a turma que não está em dieta)

. 1 colher de chá de sal

Colocar as beterrabas picadas, o soro e o sal num vidro de 1 litro, completar com água filtrada. Mexer, tampar bem e manter à temperatura ambiente por 2 dias; então guardar na geladeira. Ele faz bolinhas. Coar e servir. Tomar 2 xícaras por dia, tirando-as da geladeira algumas horas antes.

Quando o kvas estiver quase acabando, encher novamente o vidro com água filtrada, tampar bem, deixar 2 dias à temperatura ambiente e guardar na geladeira. Tomar e depois descartar tudo, começando novamente com beterrabas frescas.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Almanaque do banheiro: As partes mimosas do homem (ou nem tão mimosas assim)


Que injustiça! Só porque são masculinas não quer dizer que sejam menos sensíveis e delicadas. É que a fama vem da metade mais, digamos, vigorosa e penetrante de sua personalidade, enquanto a outra se contenta com afazeres menos notáveis, mera torneira. Estamos falando do pênis, pinto, peru, bimbo, cacete, vara, verga, pau, enfim: daquilo que dá aos homens tantos prazeres e problemas quanto as partes mimosas dão às mulheres.

E a semelhança é bem mais que mera coincidência. À luz da anatomia, a estrutura do pênis é a mesma do clitóris. Ambos são feitos de tecidos riquíssimos em terminais nervosos e áreas esponjosas que se enchem de sangue quando estimuladas, por isso ambos têm ereção; a diferença é que, assim como os hormônios femininos fazem desenvolver os seios, os masculinos desenvolvem o pinto — e o saco escrotal, que em nós são os pequenos lábios murchos.

Dentro do saco moram os dois testículos, o esquerdo geralmente maior e mais baixo que o direito. Aparentemente duas bolinhas, dentro cada um tem mais de mil tubinhos que parecem linha de bordar. Ali nascem os espermatozóides: 100 milhões por dia, que vão sendo armazenados e amadurecidos nos epidídimos, dois canais que ficam mais adiante. A cada ejaculação o pinto libera mais ou menos 400 milhões de espermatozóides maduros, espalhados num líquido parecido com clara de ovo. Considerando que apenas um vai atingir seu objetivo, conclui-se que é muita vontade de fecundar um óvulo!

O saco tem peculiaridades muito interessantes. Como os testí­culos precisam de uma temperatura constante para produzir espermatozóides, e essa temperatura em geral é um grau abaixo daquela normal para o corpo, o saco trata de ficar soltinho e arejado quando está calor e se recolhe todo para juntinho das coxas quando está frio. Num banho gelado, por exemplo, fica parecendo um caroço de pêssego. Esse sobe-e-desce é possível graças à presença de fibras musculares entremeadas à pele do saco, e explica por que ele e o pinto detestam calças e cuecas apertadas, bem como tecidos sintéticos que produzem mais calor: sonham sempre com cuecas samba-canção. De algodão.

Embora o pinto seja todo ele extremamente sensível a estímulos eróticos desde a cabeça até a entrada do ânus (exatamente, aliás, como o nosso clitóris), a parte mais sensível de todas é mesmo a cabeça, ou glande, que fica encoberta por uma prega da pele quando ele está mole. Essa prega, o prepúcio, tem por dentro pequenas glândulas que produzem sebo, ou esmegma. E isso pode ser um problema tanto para os homens quanto para nós se a higiene local não for bem feita: produz irritação, acolhe agentes infecciosos e nos provoca vaginites de todos os tipos.

Manter o pinto limpinho é muito simples, basta arregaçar bem o prepúcio e lavar com água a parte interna da pele e a glande. Uma vez por dia, no banho, é o mínimo. “Isso já pouparia as mulheres de talvez metade das queixas chatinhas que ouvimos em consultório”, diz a médica Stella Marina. “Sem contar que preveniria também alguns casos de doenças realmentes graves.”

A pontinha do clitóris é igual à glande, só que pequenininha, e a pele em volta também produz um sebinho, que também fica com cheiro de ranço se a higiene não for bem feita. Igualzinho aos rapazes, meninas, tem que puxar a pele pra trás e lavar (só com água) todo dia.

A circuncisão, praticada principalmente entre os judeus, corta o prepúcio fora. Isso elimina o sebo e diminui a excitação sexual durante o crescimento, mas não atrapalha em nada a performance do pinto e poupa tanto os homens quanto suas parceiras de muitas infecções. Também evita a fimose, um estreitamento do prepúcio que pode atrapalhar a micção.

O tamanho do pinto não faz diferença para a maioria das mulheres, porque a musculatura da vagina costuma ser suficientemente elástica para acomodar um pinto enorme ou fechar-se em torno de um pequeno polegar, e também só é sensível na portinha. Em média, o pinto ereto tem 13,5 cm de comprimento por 9 cm de circunferência, e se alguns já exibem sua pujança quando moles, outros são uma visível surpresa.

O x da questão masculina não é o pinto, é a ereção. Enquanto nós podemos desfrutar de inúmeros prazeres sexuais sem ter atingido um estado de excitação completa, a maioria dos homens precisa estar em ponto de bala para se sentir à vontade. Isso tem a ver com o fato de que só um pinto ereto penetra numa vagina, ou semelhante, e geralmente a penetração é considerada condição sine qua non para o ato sexual, o que é no mínimo discutível: se o projeto não é um bebê, a penetração é não só dispensável como inoportuna.

E existem muitas outras formas de compartilhar alegrias eróticas usando mãos, dedos, boca, língua e todo o resto do corpo como alternativas gloriosas ao papai-mamãe. Claro que na hora de gozar o pinto quer estar bem situado, mas quem o impede? Por que não entre coxas bem lubrificadas, por exemplo, onde também é gostoso?

De todo modo, a ereção pode acontecer, ou não, devido a inúmeros estímulos de todas as ordens. Por exemplo: quando a bexiga está cheia, de manhã, a maioria dos pintos endurece. Comida temperada com pimenta, cominho, mostarda e outros sabores fortes costuma ser afrodisíaca porque excita as mucosas, tanto da boca quanto da bexiga e da uretra, estimulando o pinto. O álcool, além de agir como excitante, deixa tudo mais sensível e ainda derruba a censura. A isso tudo acrescente-se uma boa dose de imaginação e pronto, estamos em ponto de bala.

Ou não. Tudo pode dar errado se um cisco de insegurança pousar no pensamento. Ou se houver insuficiência de hormônios. Ou problema circulatório. Ou se alguma coisa como alcoolismo, stress, depressão, ansiedade, fadiga, candidíase, verminose & similares estiver sabotando a libido. Em latim, libido é desejo. Em Freud, é a energia psíquica que sustenta as pulsões da vida, especialmente as pulsões sexuais. Em Jung, é toda forma de energia psíquica, qualquer que seja seu objeto. Tanto eles quanto nós precisamos dela para viver, criar, agir. Quando a falta de libido se prolonga, melhor desconfiar de problemas sérios.

Também acontece de a libido estar momentaneamente seqüestrada por outro interesse forte como um projeto em andamento, um esforço intelectual, alguma novidade apaixonante. A excitação se desloca. Diz o Talmude, livro das leis de Moisés, que “um homem rico sem nenhuma obrigação pode satisfazer diariamente a mulher com sua força viril; o trabalhador deve fazê-lo a cada três dias; dos sábios, porém, a mulher não deve esperar mais que uma vez por semana”.

O mecanismo de ereção obedece ao sistema nervoso central, que aumenta o fluxo de sangue para a região genital e enche os tecidos esponjosos, que por sua vez fazem o pinto aumentar de tamanho, ficar duro e levantar. Nessa hora tudo muda na vida da uretra, finíssimo canal elástico que percorre todo o comprimento do pinto e normalmente leva urina da bexiga ao mundo exterior: ela se fecha para a urina e fica livre para transportar esperma. Mais: produz um muco que lubrifica a cabeça do pinto e depois ainda mistura ao esperma uma substância adesiva que ajuda os espermatozóides a permanecerem na vagina da mulher, que por sua vez trata de conduzi-los cada vez mais para dentro através das contrações do orgasmo.

Quem regula essa alteração de função da uretra é a próstata, uma glândula com tecidos musculares que corresponde ao nosso útero. Ela é formada na junção dos dois canais deferentes que trazem o esperma dos epidídimos e parece uma noz. Produz um suco que acorda os espermatozóides, que até então boiavam, e bota todos para apostar corrida. As vesículas seminais, duas pequenas glândulas compridinhas, fabricam uma substância gelatinosa que se dissolve no suquinho da próstata e completa a receita do fluido seminal.

Os homens estão sujeitos às mesmas infecções que nós mulheres, só que muitas vezes não apresentam sintomas. Olho vivo. Vivíssimo. A tricomoníase, por exemplo, é uma parasitose perigosa, tanto para o colo do útero quanto para a próstata: cria condições para o câncer.

Do livro Só para mulheres (e homens que gostam muito das mulheres)

domingo, 10 de janeiro de 2010

Papo de câncer: Capim-limão resolve?



Em novembro do ano passado recebi de Liana Gottlieb um artigo interessante intitulado Bebida de capim-limão provoca apoptose em células cancerosas. Definição de apoptose: um tipo de morte celular engendrado pela própria célula; um mecanismo suicida que permite ao organismo animal controlar o número de células e eliminar as que ameaçam sua sobrevivência.

Lindas fotos de moitas frondosas do nosso conhecido e delicioso capim-limão, capim-cidrão, capim-cidreira, capim-de-cheiro, do qual se faz um chazinho tão bom pra acalmar o espírito. E o texto contando que tudo começou quando pesquisadores da Universidade israelense Ben Gurion descobriram que o aroma cítrico em ervas como o capim-limão mata células cancerosas, in vitro, sem afetar as células saudáveis.  

Citral é o nome do componente que dá aroma e sabor de limão não só a esse capim (Cymbopogon citratus) como à melissa (Melissa officinalis) e à verbena (Verbena officinalis). Um chá com apenas um grama de capim-limão contém citral bastante para fazer as células cometerem suicídio no tubo de ensaio. O Professor Yakov Weinstein, da mesma Universidade, diz que o ideal para portadores de câncer é fazer uma infusão com a erva e tomar oito copos por dia. E não portadores podem tomar o chá preventivamente.

Bem. Como tudo o que chega pela internet pode ser qualquer coisa, inclusive mera especulação bem-intencionada que não leva a nada, fui pesquisar apoptose+câncer no google. E dei com estudos científicos brasileiros muito detalhados confirmando a história toda, a partir de outros testes em laboratório, não só in vitro como in vivo. Vejam só o que diz o médico e pesquisador biomolecular José de Felippe Junior aqui (resuminho abaixo):

- As limoninas, dentre elas o limoneno, são monoterpenos que possuem diversos efeitos farmacológicos, incluindo propriedades antitumorais. O álcool perílico é um membro da família dos monoterpenos, substâncias que estão naturalmente presentes em várias frutas e vegetais. Demonstrou-se que é citotóxico para uma grande variedade de células cancerosas tanto in vitro como in vivo, e trabalhos clínicos na FASE I apontam para sua utilidade em seres humanos. Ele é considerado o agente anticâncer mais potente entre os monoterpenos. É encontrado em grande quantidade em cerejas, alfazema (lavanda) , hortelã, sálvia, artemísia, cranberries, perilla (shissô), capim-santo (capim-limão), bergamota silvestre, folhas do gengibre, cominho-armênio e sementes de aipo. O álcool perílico inibe a carcinogênese, suprime a proliferação celular, aumenta drasticamente a apoptose tumoral e induz a diferenciação celular das células malignas in vitro e in vivo, provocando a regressão total de vários tipos de tumores em animais de experimentação, quase sem toxicidade.

Achei bacanérrimo, pra dizer o mínimo. Primeiro porque adoro capim-limão e ele dá à toa, é só enfiar o bulbo na terra; pode cortar que rebrota. Segundo porque meus gatos não só adoram comer as pontas das folhas como exigem duas vezes por dia sua dose de, agora eu sei, citral. Terceiro porque as cachorras também amam as folhas tenras, que consomem avidamente - mas elas são umas fito-sábias, também comem picão, erva-de-santa-maria, gervão, hibisco...

Por outro lado, sempre tenho muito receio de divulgar informes que dão margem a conclusões apressadas tipo "Viu? Capim-limão cura câncer!" Experiências de laboratório contemplam fatores isolados; células num tubo de ensaio ou ratinhos induzidos ao câncer não são pessoas de carne e osso que pensam, sentem, sofrem e têm esperança ou vontade de morrer. Além disso, muitas substâncias e práticas terapêuticas dão resultados na reversão do câncer. A própria dieta do dr Barcellos, associada a uma vermifugação completa, faz estacionar e regredir tumores. Também existe a cura espontânea, muito mais frequente do que se imagina: a pessoa não faz nada e fica boa.

Sem falar que às vezes nem é câncer. Não há parte do corpo que não seja visitada ao menos uma vez na vida por algum parasita, diz um professor que entende disso. Veja a foto da larva saindo do seio da moça que estava sendo operada de um suposto câncer no hospital da Universidade de Tóquio, anos atrás. Uma cientista arrebatada, Hulda Clark, recentemente falecida, curou milhares de pessoas tratando de suas parasitoses. Dizia que só temos dois problemas de saúde: parasitas e toxinas. Como a lei não nos garante o direito a bons exames de fezes, somente aos medíocres que sempre dão negativo, muitos vivem anos a fio com sintomas incômodos e erráticos cuja origem permanece para sempre obscura. Sintomas físicos, psíquicos, comportamentais.

Fungos fazem massas muito semelhantes ao câncer e se comportam do mesmo modo, penetrando na circulação para brotar como metástase em outros lugares do corpo. Amebas dão origem à maior parte dos casos de câncer intestinal; mas também corroem tecidos no pulmão, nos ossos, no cérebro e nas juntas, deformando-as, disfarçadas de artrite reumatóide; fazem no fígado abscessos necrosantes que, à luz de tomografias e ressonâncias, parecem - e geralmente são diagnosticados como - câncer de fígado.

Tudo o que se refere ao câncer ainda é muito incerto, embora diagnósticos e tratamentos quimio e radioterápicos estejam cada vez mais glamurizados e corriqueiros. Muitos pacientes não sobrevivem ao tratamento, outros ficam com sequelas por muito tempo, tem sorte quem se recupera em um ano. Tudo é caríssimo, donde lucrativíssimo. Por isso a saúde é subversiva: não dá lucro a ninguém.

Capim-limão não custa nada. Neste verão úmido, queimar suas folhas num braseiro ou mesmo na frigideira e defumar armários e cantos da casa acaba com ácaros e fungos.  A fumaça e o chá ajudam em resfriados, tosses e dores de garganta. O chá também acalenta o sono, desintoxica, tempera peixes, suaviza o mate amargo do chimarrão. Age sobre cólicas uterinas e intestinais. As folhas podem ser mastigadas para alcalinizar e perfumar a boca. E agora sabemos, provoca apoptose em células destrambelhadas.

Santo? Santo. 'Bora tomar o chá.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Dicionário da mulher - Candidíase, a praga - II


(Este post repete o de 17/3/2009, que está com mais de 200 comentários e ficou difícil de administrar. Aos leitores mais interessados recomendo ir lá e ler as questões e as respostas, bem como os depoimentos de mulheres que fazem a dieta recomendada e estão tendo o primeiro alívio real depois de muitos anos.)

Comecei a pesquisar sobre candidíase ali por 1993, por causa de uma dor debaixo da costela direita que não me deixava {fazer excessos} em paz. Era tomar um vinho, um suco de laranja ou comer amendoins que lá vinha ela. E quando topei com as notícias desse fungo chamado Candida albicans fiquei muito impressionada. Descobri que tinha os sintomas desde a infância (regada a açúcar), sem falar nas inúmeras crises de candidíase vaginal (monília) da adolescência em diante.

Em 1995 publiquei um capítulo sobre candidíase no meu livro Só para mulheres. Alguns anos depois, já instalada na vida online, recebia tantos emails a respeito do assunto que resolvi botar o capítulo no site. Triplicaram os emails. Continuei pesquisando e atualizando a informação online.

Enquanto isso passei a me cuidar com a mesma orientação que está lá. Adotei as cápsulas de lactobacilos acidófilos para sempre, o óleo virgem de coco, a redução de carboidratos. Posso dizer que a candidíase está controlada, bem como a hipoglicemia que costuma vir junto, mas percebo muito claramente que ela apenas manifesta uma tendência do organismo para umidade e calor, como se diz em medicina tradicional chinesa, e tendências são para sempre.

Descobri também que o câncer está quase sempre ligado à presença de fungos, o que piora muito depois da rádio e da quimio, que criam condições ideais para eles; alguns autores defendem que o câncer seria a própria simbiose da célula humana com a do fungo.

O capítulo Candidíase está em www.correcotia.com/mulheres/candidiase.htm .

E a dor debaixo da costela tinha também a ver com amebas, como entendi depois.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Celulares, radiação, câncer e esterilidade

Com o título acima, o blog Menina do Dedo Verde começa hoje a postar em capítulos a matéria bombástica da Carta Capital de 16/8 a respeito do nosso tão amado aparelhinho mágico. Carol, a dona do blog, diz que foi um presente meu; na verdade foi o José Carlos Rocha Vieira Júnior quem me mandou, eu só repassei. Vamos lá, sem medo das verdades. Nada é pior do que tudo.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

No outono é bom comer amendoim

O tempo foi ficando mais seco e deu vontade de comer amendoim torradinho. Ô delícia.

Ele andou banido dos cardápios saudáveis porque tem uma tendência a desenvolver fungos que liberam toxinas brabas quando é armazenado em locais úmidos, e os produtores brasileiros pareciam não ter cuidado com isso. Mas já faz tempo. E nem sei se não foi mais um boato espalhado pelo lobby da soja, que depois entrou no mercado com sojinha torrada, argh, a pontinha de um imenso iceberg de soja inadequada para a saúde humana, mas isso é outro assunto. Que já está há tempos no Correcotia.

E por que comer amendoim no outono? Porque ele nutre e umedece os pulmões, sendo especialmente indicado para o sistema respiratório. Diz o médico e professor Ysao Yamamura, em seu livro Alimentos - aspectos energéticos, que "o amendoim combate o estado yang dos pulmões, que provoca a tosse tipo yang, como a coqueluche, tosse seca e tuberculose pulmonar". Mais uma informação dele, especial para quem também gosta de um vinhozinho nas noites mais frias: o óleo dos amendoins protege a mucosa gástrica da ação do álcool e age beneficamente sobre o sistema baço-pâncreas, impedindo alguns efeitos colaterais desagradáveis que a MTC chama de umidade/calor.

Fora isso o amendoim é uma fonte rica de vitaminas do complexo B, tem bastante fibra e é rico em zinco e selênio. Pode ser um lanchinho maravilhoso naquela hora em que o mundo vai cair se a gente não comer alguma coisa. Porém...

Bem, porém muita gente é alérgica a ele. A maior parte das mortes por alergia nos Estados Unidos está ligada ao amendoim. Não costumo confiar totalmente nesse tipo de informação, porque não sei como a pesquisa foi realizada, mas sei que o povo de lá come manteiga de amendoim direto, e ela não é feita só com ele. Leva açúcar e óleo vegetal. Além disso, um dos estudos aponta para uma interação negativa com a soja. Será que estão colocando soja na manteiga de amendoim? Ó dúvida cruel.

Mas não dá para esquecer que o amendoim faz parte da enorme família das leguminosas, que inclui todos os feijões, grão-de-bico, lentilhas, ervilhas, vagens e a própria soja. Hipócrates, em 400 aC, já sabia que essa família é nutritiva mas tóxica. Outro médico, o dr Raul Barcellos, desenvolveu há poucas décadas uma dieta contra câncer e alergias que também proíbe as leguminosas, amendoim incluso.

Amendoim, portanto, é como tudo na vida: tem que saber administrar.

Principalmente quando está no forno, pra não deixar torrar demais e estragar tudo.

PS - Existe um selo de qualidade da ABICAB destinado a garantir a baixa toxicidade dos amendoins.

domingo, 19 de abril de 2009

A cúrcuma sob o olhar científico



Informação do National Institutes of Health, do governo dos USA (traduzi)

O rizoma da cúrcuma (Curcuma Longa Linn.) é usado há muito tempo na medicina tradicional da Ásia para tratar problemas gastrointestinais, dores artríticas e queda de energia. Pesquisas de laboratório e animais demonstraram propriedades antiinflamatórias, antioxidantes e anticâncer da cúrcuma e de seu constituinte curcumina. A evidência preliminar em humanos, apesar de pobre em qualidade, sugere possível eficácia no trato de dispepsia (azia), hiperlipidemia (colestrol alto) e escabiose, ou sarna (quando usada na pele).

Muito mais em http://www.nlm.nih.gov/medlineplus/druginfo/natural/patient-turmeric.html .

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Cúrcuma, ou açafrão-da-terra: todo dia

Temperar é preciso, comer não é preciso. Alimentos podem encher a barriga, mas o que lhes dá mais alcance, profundidade e transcendência são as especiarias.

A cúrcuma, que em inglês se chama turmeric e em hindu haridra, é um desses temperos com os quais a vida melhora muito. E seu valor medicinal é tão grande que faz toda comida virar remédio.

Na feira você vai encontrá-la em forma de um pó amarelo-ouro que realça o sabor da comida e dá cor a qualquer coisa, do curry indiano à roupa dos monges. É boa para a pele, baixa o colesterol, protege o fígado, atua contra o câncer, trata a artrite, ajuda a digestão das proteínas, promove a absorção e regula o metabolismo, além de ser antiinflamatória, antimicrobiana, antioxidante, depurativa, desintoxicante, calmante e protetora do sistema cardiovascular. Chega? Não: faltou dizer que ajuda a formar o muco protetor do estômago e é muito útil em gripes, resfriados e dor de garganta.

Seu apelido “açafrão-da-terra” se deve à semelhança da cor da cúrcuma com a dos caríssimos estigmas da flor de açafrão, Crocus sativus, que dão um inigualável aroma e cor amarelada aos pratos com eles preparados na Espanha, na Índia, no Irã. Cento e cinquenta mil flores são necessárias para produzir um quilo de estigmas de açafrão – minúsculos filamentos que, dentro da flor, recolhem o pólen.

Já a cúrcuma (Curcuma longa) é irmã do gengibre e da galanga: fora da terra dá folha e flor, dentro guarda em segredo uns dedinhos tortos, marrom-alaranjados, que se pode usar frescos no inverno, quando são colhidos, para depois cozinhar no vapor, secar e moer os que sobrarem. Frescos: ralar, espremer, juntar o caldo no tempero do camarão, do peixe, do frango, do arroz ou dos legumes na hora de refogar. Em pó: guardar num vidro, misturar com outros temperos como fazem na Índia, usar um pouquinho em tudo o que for cozinhar – 1/4 a 1/2 colher (chá) por dia no total. Combina bem com gengibre, cardamomo, semente de coentro. Misturada a gorduras, a absorção (da cúrcuma) aumenta.

CHÁ Para gripe ou resfriado persistentes: 1 colher (chá) de cúrcuma em pó, 500 ml de água fervendo. Deixar em infusão durante 10 minutos. Tomar 3 vezes ao dia com um pouquinho de mel.

LAMBEDOR Para dor de garganta, polvilhar 1 colher (chá) de mel com pitadinhas de cúrcuma e lamber devagarinho.

terça-feira, 17 de março de 2009

Dicionário da mulher - Candidíase, a praga

Comecei a pesquisar sobre candidíase ali por 1993, por causa de uma dor debaixo da costela direita que não me deixava {fazer excessos} em paz. Era tomar um vinho, um suco de laranja ou comer amendoins que lá vinha ela. E quando topei com as notícias desse fungo chamado Candida albicans fiquei muito impressionada. Descobri que tinha os sintomas desde a infância (regada a açúcar), sem falar nas inúmeras crises de candidíase vaginal (monília) da adolescência em diante.

Em 1995 publiquei um capítulo sobre candidíase no meu livro Só para mulheres. Alguns anos depois, já instalada na vida online, recebia tantos emails a respeito do assunto que resolvi botar o capítulo no site. Triplicaram os emails. Continuei pesquisando e atualizando a informação online.

Enquanto isso passei a me cuidar com a mesma orientação que está lá. Adotei as cápsulas de lactobacilos acidófilos para sempre, o óleo virgem de coco, a redução de carboidratos. Posso dizer que a candidíase está controlada, bem como a hipoglicemia que costuma vir junto, mas percebo muito claramente que ela apenas manifesta uma tendência do organismo para umidade e calor, como se diz em medicina tradicional chinesa, e tendências são para sempre.

Descobri também que o câncer está quase sempre ligado à presença de fungos, o que piora muito depois da rádio e da quimio, que criam condições ideais para eles; alguns autores defendem que o câncer seria a própria simbiose da célula humana com a do fungo.

O capítulo Candidíase está em www.correcotia.com/mulheres/candidiase.htm .

E a dor debaixo da costela tinha também a ver com amebas, como entendi depois.