José Galba de Araújo nasceu no Ceará em 1917. Graduou-se em Medicina na Bahia, em 1941, e fez pós em ginecologia e obstetrícia em Chicago. Tornou-se um dos mais conceituados obstetras de Fortaleza e era defensor veemente do parto natural. Trabalhou para melhorar justamente o que a ala medicalizante não quer: o parto domiciliar.
Apostou na simplicidade e no respeito aos costumes da população, tão carente de assistência básica. Visitava as comunidades, identificava e reunia as parteiras para ensinar procedimentos simples que evitam infecções, como a higienização da tesoura e do corte do cordão umbilical. Aliou-se a elas, dando-lhes migalhas do seu enorme conhecimento. As migalhas fizeram a diferença.
A página é do Ministério da Saúde. Fala do Prêmio Galba de Araújo, que reconhece e premia as unidades do SUS que desenvolvem e se destacam na humanização do atendimento à mulher e ao recém-nascido, estimulam o parto normal e o aleitamento materno.
Falando nisso: "As enfermeiras obstetras são reconhecidas pela Organização Mundial de Saúde como as profissionais mais apropriadas para o acompanhamento do parto normal sem distócia (sem complicações). Os motivos pela preferência das enfermeiras são claros. Elas permanecem o tempo todo nos hospitais e maternidades e podem acompanhar as gestantes em tempo integral, fazendo com que o parto e o nascimento de seus filhos seja uma experiência positiva, representando um milagre da vida, não um salto no escuro." Izabel Christina de Mello de Brito e Rosa Sato, enfermeiras obstétricas doutoradas, em Brasil Medicina.
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quinta-feira, 18 de junho de 2009
Parir é muito normal

Como se sabe, a Casa de Parto David Capistrano, no Rio, foi fechada porque não tinha médico. Briga de cachorro grande: município e governo federal discordam do estado, que aparentemente está do lado do corporativismo médico. Imagina que abuso essas mulheres acharem que se pode parir sem médico!!!!!
Fica demonstrado com o desenho magistral de Cesar Lobo (da cartilha Leite de Mãe) que a mulher sadia pode parir do jeito que a natureza manda. Se houver problemas na gravidez, vai para um hospital; se não houver, fica aos cuidados de boas parteiras ou enfermeiras obstetras, em casas especialmente projetadas para esse acolhimento mais natural.
Quem estiver a fim de apoiar, venha participar da Caminhada pelo Parto Normal e pelo Direito à Informação: domingo, dia 21 de junho, às 9 horas, no Leme.
terça-feira, 9 de junho de 2009
Repúdio ao fechamento da Casa de Parto, no Rio
A Casa de Parto David Capistrano Filho, que faz um trabalho de alta qualidade em Realengo, no Rio de Janeiro, foi fechada arbitrariamente na quinta-feira passada, dia 4, por orientação da Vigilância Sanitária Estadual. Alegação: falta de médico.
Fico sabendo através de Ruth Mesquita e repasso:
A Casa de Parto foi inaugurada há cinco anos por um esforço de mulheres e enfermeiras obstetras (Iraci, Jane , Maysa, Luciane Nêga, etc...) e da Secretaria Municipal de Saúde - SMS, com o apoio do Ministério da Saúde, como um local onde as mulheres que não tivessem qualquer risco obstétrico durante o pré-natal pudessem parir em suítes com banheiras e acompanhadas de seus maridos.
Não era mesmo para ter médico. Toda a atenção à parturiente é prestada por enfermeiras. Até a diretora da unidade é enfermeira. É um modelo - que se tem na Holanda, Canadá, Japão e outros países - de empoderamento e respeito à autonomia das mulheres de escolherem como parir, e de retorno ao feminino, já que o parto passou no último século a ser um evento medicalizado e hospitalizado, quando na verdade é fisiológico. Essa hospitalização é uma das causas das assombrosas taxas de cesareana que temos hoje no Brasil.
A luta é política e corporativa, já que o Cremerj vem tentando fechar a Casa desde que ela surgiu, alegando que as mulheres podem morrer porque não há médico (como se elas não morressem de parto nos hospitais, por serem mal assistidas). A SMS mantém uma ambulância 24 horas no quintal da Casa de Parto, e ao menor sinal de qualquer alteração a mulher é removida para a Maternidade Alexander Fleming, que está a oito minutos da Casa.
Hoje foi realizado um grande ato com as Faculdades de Enfermagem, Conselho de Enfermagem e principalmente os casais que tiveram seus filhos lá nesses cinco anos. Abraçaram a casa. Foi emocionante. Passou no RJ TV da hora do almoço.
Para apoiar a reabertura da Casa do Parto e o direito da mulher parir de um modo sadio, acesse o site da Parto do Princípio e assine o abaixo-assinado online.
Fico sabendo através de Ruth Mesquita e repasso:
A Casa de Parto foi inaugurada há cinco anos por um esforço de mulheres e enfermeiras obstetras (Iraci, Jane , Maysa, Luciane Nêga, etc...) e da Secretaria Municipal de Saúde - SMS, com o apoio do Ministério da Saúde, como um local onde as mulheres que não tivessem qualquer risco obstétrico durante o pré-natal pudessem parir em suítes com banheiras e acompanhadas de seus maridos.
Não era mesmo para ter médico. Toda a atenção à parturiente é prestada por enfermeiras. Até a diretora da unidade é enfermeira. É um modelo - que se tem na Holanda, Canadá, Japão e outros países - de empoderamento e respeito à autonomia das mulheres de escolherem como parir, e de retorno ao feminino, já que o parto passou no último século a ser um evento medicalizado e hospitalizado, quando na verdade é fisiológico. Essa hospitalização é uma das causas das assombrosas taxas de cesareana que temos hoje no Brasil.
A luta é política e corporativa, já que o Cremerj vem tentando fechar a Casa desde que ela surgiu, alegando que as mulheres podem morrer porque não há médico (como se elas não morressem de parto nos hospitais, por serem mal assistidas). A SMS mantém uma ambulância 24 horas no quintal da Casa de Parto, e ao menor sinal de qualquer alteração a mulher é removida para a Maternidade Alexander Fleming, que está a oito minutos da Casa.
Hoje foi realizado um grande ato com as Faculdades de Enfermagem, Conselho de Enfermagem e principalmente os casais que tiveram seus filhos lá nesses cinco anos. Abraçaram a casa. Foi emocionante. Passou no RJ TV da hora do almoço.
Para apoiar a reabertura da Casa do Parto e o direito da mulher parir de um modo sadio, acesse o site da Parto do Princípio e assine o abaixo-assinado online.
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