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domingo, 18 de março de 2012

De: Instituto Humanitas Unisinos

Código florestal: movimento contra retrocesso ganha força

A campanha Veta, Dilma! já conta com mais de 1,5 milhão de assinaturas, e o movimento cresce a cada dia.

A reportagem é de Aldem Bourscheit e publicado pelo sitio WWF, 14-03-2012.

Em palestra sobre o Código Florestal na manhã desta quarta durante seminário sobre meio ambiente em Brasília, o analista de Políticas Públicas do WWF-Brasil, Kenzo Jucá, reforçou que a proposta em tramitação no Congresso trará apenas retrocesso legislativo e degradação ambiental para o país. Ele lembrou que a lei em vigor foi criada nos anos 1930 e recebeu aperfeiçoamentos ao longo de quase oito décadas, sempre respondendo a avanços científicos, políticos e sociais. “O Código Florestal não é ultrapassado, mas isso não quer dizer que ele não precise de melhorias. Todavia, a proposta de reforma em curso não é o que o Brasil precisa”, ressaltou.

Na apresentação do WWF-Brasil, foi demonstrado que reservas legais e áreas de preservação permanente, porções que devem ser obrigatoriamente mantidas nas propriedades rurais, são dispositivos presentes desde a primeira versão do Código Florestal. Além disso, seus porcentuais cresceram ao longo dos anos, seja para consolidar a função social das propriedades privadas, seja para atender a necessidades de proteção de águas, de animais e vegetação nativos.

“A reserva legal na Amazônia passou de 50% para 80% das propriedades rurais como resposta do Governo Federal aos índices alarmantes de desmatamento e queimadas registrados nos anos 1990”, comentou.

Na contramão de uma reforma estruturante do Código Florestal, que por exemplo lhe fortalecesse com incentivos econômicos e fiscais que estimulassem a manutenção e recuperação de florestas nativas em todo o país, o projeto já aprovado no Senado e na Câmara é um emaranhado jurídico cheio de “pegadinhas” para proporcionar anistia a quem desmatou ilegalmente e consolidar a ocupação de áreas sensíveis, entre outros efeitos nefastos de caráter ambiental, social e econômico.

“A proposta de reforma em voga traz retrocessos pesados em proteção de nosso patrimônio natural, provocará insegurança jurídica, desprotegerá nascentes e olhos d´água, encostas, ameaçará a qualidade e quantidade de água disponível, inclusive para a própria agricultura. A soma dessas medidas levariam ao desmatamento de extensas áreas ou a não recomposição de locais ilegalmente desmatados”, ressaltou.

Conforme o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), ligado ao Governo Federal, no pior cenário de efeitos colaterais com a aprovação da reforma para o Código Florestal em tramitação no Congresso, o Brasil poderia registrar a não restauração e em menor escala o desmatamento de 76,5 milhões de hectares de florestas em todo o país: área semelhante a duas vezes o estado do Mato Grosso do Sul. Tal degradação jogaria na atmosfera 28 bilhões de toneladas de CO2, gás que amplia o efeito estufa e leva ao aumento da temperatura do planeta.

Frente a essas ameaças e ao processo legislativo tortuoso e pouco democrático até agora registrado para a reforma do Código Florestal, Jucá reforçou que as mais de 160 entidades ligadas ao Comitê Brasil em Defesa das Florestas e do Desenvolvimento Sustentável esperam o veto total da presidente Dilma Roussef ao texto, se o mesmo realmente for aprovado no Congresso. A campanha #VetaDilma já conta com mais de 1,5 milhão de assinaturas, e o movimento cresce a cada dia.

“Com prazo e condições adequadas, a sociedade poderá participar democraticamente do debate, fazendo com que o Código Florestal se mantenha como base para proteção de nossas florestas e recebe dispositivos que levam a regularização das propriedades rurais, que fomente novas políticas públicas focadas no desenvolvimento sustentável real, tudo em sintonia com as necessidades do país e não de grupos atrasados do agronegócio”, disse. “O vento integral é o melhor caminho. Não se pode atualizar uma lei amarrada durante quase 80 anos a toque de caixa”, completou Kenzo Jucá.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Presidente Dilma: Olho vivo no momento histórico!


Do Avaaz

"A presidente Dilma está considerando o impensável -- unindo-se aos EUA e outros grandes poluidores nas negociações climáticas em Durban. Temos de trazê-la de volta ao bom senso antes que seja tarde demais.

Europa e os campeões do clima versus os EUA e grandes poluidores em Durban. O destino do planeta está em perigo. Sabemos qual deve ser o lado do Brasil, mas Dilma está hesitando, e seu governo até mesmo disse, surpreendentemente, que não deveria existir nenhuma ação a respeito do clima nos próximos 8 anos -- repetindo a posição irresponsável dos EUA!

Precisamos urgentemente encher a caixa de entrada de email, a página do Twitter e Orkut da Dilma com nosso pedido para que ela não apoie os EUA, e se posicione a favor do planeta, do hemisfério sul, e do povo brasileiro na luta por ação contra as mudanças climáticas."
 Quer apoiar? http://www.avaaz.org/po/brazil_save_durban/?vl

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Dilma Rousseff: "Pode criticar à vontade"

Desculpem voltar ao tema, mas estou muito mobilizada pelas eleições. Votar, pra mim, é muito importante. É apostar que aquela pessoa que ajudo a eleger corresponde ao que se espera dela. Passei muito tempo sem votar por causa da ditadura. Não votei em várias eleições porque não tinha candidato. Agora a brincadeira ficou mais animada. Temos bons candidatos à presidência, todos os quatro. E o meu desejo se manifestou a favor da Dilma porque considero a continuidade positiva neste momento, em benefício do PAC, do pré-sal, da confiança do povo. Vejo mil defeitos também, mas ninguém está livre deles, menos ainda um partido tão grande quanto o PT. Olhando com isenção, é bonito ver no Brasil de tantas oligarquias um partido político da classe trabalhadora crescer, ocupar espaço e imprimir sua marca.

Na semana passada publiquei aqui, indignada, o manifesto em defesa das instituições, porque vi nas declarações do presidente Lula o germe do ditador populista, popular ou popularesco, que quer calar a boca da imprensa e detonar a democracia. Com 80% de aprovação, ele não precisa disso. Pode ser generoso. E deveria saber que toda unanimidade é burra. A imprensa existe para informar, cutucar e incomodar, para mostrar que existem dois pratos na balança e desafinar o coro dos contentes. Estou nessa. Não sou da grande imprensa mas também não quero que calem minha boquinha.

Pois ontem saiu no Globo um editorial falando do manifesto e em seguida o seguinte:

Também é bem-vinda a postura assumida pela candidata Dilma Rousseff, ao visitar Porto Alegre, na sexta-feira passada, quando propôs tolerância e fez profissão de fé na liberdade de expressão. De quem foi vítima da violência do Estado não se poderia esperar outra coisa: "Pode criticar, prefiro múltiplas vozes críticas, a mais aguda, mais clara e explícita, do que o silêncio. Vivi o silêncio da ditadura, que cala as pessoas".

Falou, D. Dilma. Fica combinado assim. Estamos de olho.