Alô alô, Sampa! Sábado quevem levo aí a palestra "Bichos que dão em Gente", a propósito do lançamento da 4a edição atualizada / 6a reimpressão do meu Almanaque de Bichos.
O tema: bichos que a medicina esqueceu. Não temos mais direito automático a exames de fezes completos -- o médico tem que escrever os nomes dos bichos, caso tenha suspeitas. Se não, o exame geralmente é superficial e revela apenas inocentes comensais do intestino, abundantes e inofensivos. Assim combatemos às cegas, quando combatemos, e atribuímos a outros tipos de patologia os sintomas que os parasitas provocam.
Por exemplo: hoje é mais frequente diagnosticar-se uma criança com DDA ou hiperatividade do que encontrar nela uma reles lombriga -- verme universal como a minhoca que dá hiperatividade, sonolência, falta de concentração, provoca convulsões e aparece, através de seus ovos, no exames de fezes. Uma lombriga adulta bota 200.000 ovinhos por dia. As jovens larvas fazem seu percurso atravessando os pulmões e causam pneumonia.
No entanto, a parasitologia é uma ciência médica. E as infecções parasitárias são diagnóstico diferencial necessário quando há suspeita de qualquer tipo de câncer, por exemplo. Ou artrite. Ou distúrbios intestinais. Ou alergias.
Isto vai longe. Espero vocês lá no sábado pra mais conversa!
Em www.correcotia.com/vermes está grande parte do texto original do Almanaque de Bichos que dão em Gente, 1a edição. Na imagem o Rotífero, inocente comensal do intestino que entrou aqui só porque é lindo.