sexta-feira, 27 de julho de 2012

Agricultura capitalista: Todo progresso é na arte de roubar

De: Mr Brumn
Para: Deixa Sair

Foi o Marx que disse:

"A produção capitalista congrega a população em grandes centros e faz
com que a população urbana tenha uma preponderância sempre crescente.
Isto tem duas conseqüências. Por um lado, ela concentra a força-motivo
histórica da sociedade; por outro, ela perturba a interação metabólica
entre o homem e a terra, isto é, impede a devolução ao solo dos seus
elementos constituintes, consumidos pelo homem sob a forma do alimento
e do vestuário; portanto, ela prejudica a operação da condição natural
eterna para a fertilidade duradoura do solo... Mas, ao destruir as
circunstâncias em torno desse metabolismo, ela impele a sua restauração
sistemática como uma lei reguladora da produção social, e numa forma
adequada ao pleno desenvolvimento da raça humana... Todo progresso na
agricultura capitalista é um progresso da arte de roubar, não só do
trabalhador, mas do solo; todo progresso no aumento da fertilidade do
solo por um determinado tempo é um progresso em direção à ruína das
fontes mais duradouras dessa fertilidade... A produção capitalista,
portanto, só desenvolve a técnica e o grau de combinação do processo
social da produção solapando simultaneamente as fontes originais de
toda riqueza – o solo e o trabalhador."

PS - E Marx nem sabia ainda o que ia acontecer com as abelhas!

Agrotóxicos: Quem diz a verdade são as abelhas


De: AS-PTA boletim@aspta.org.br 


Para: Deixa Sair
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POR UM BRASIL ECOLÓGICO,
LIVRE DE TRANSGÊNICOS & AGROTÓXICOS
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Número 594 - 27 de julho de 2012

Ibama reavalia agrotóxicos e sua relação com o desaparecimento de abelhas
Mesmo na ausência de levantamentos oficiais, alguns registros sobre a redução do número de abelhas em várias partes do país, em decorrência de quatro tipos de agrotóxico, levaram o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) a restringir o uso de importantes inseticidas na agropecuária brasileira, principalmente para as culturas de algodão, soja e trigo.

Além de reduzir as formas de aplicação desses produtos, que não podem ser mais disseminados via aérea, o órgão ambiental iniciou o processo de reavaliação das substâncias imidacloprido, tiametoxam, clotianidina e fipronil. Esses ingredientes ativos foram apontados em estudos e pesquisas realizadas nos últimos dois anos pelo Ibama como nocivos às abelhas.

Segundo o engenheiro Márcio Rodrigues de Freitas, coordenador-geral de Avaliação e Controle de Substâncias Químicas do Ibama, a decisão não foi baseada apenas na preocupação com a prática apícola, mas, principalmente, com os impactos sobre a produção agrícola e o meio ambiente.

Estudo da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), publicado em 2004, mostrou que as abelhas são responsáveis por pelo menos 73% da polinização das culturas e plantas. “Algumas culturas, como a do café, poderiam ter perdas de até 60% na ausência de agentes polinizadores”, explicou o engenheiro.

A primeira substância a passar pelo processo de reavaliação será o imidacloprido, que responde por cerca de 60% do total comercializado dos quatro ingredientes sob monitoramento. A medida afeta, neste primeiro momento, quase 60 empresas que usam a substância em suas fórmulas. Dados divulgados pelo Ibama revelam que, em 2010, praticamente 2 mil toneladas do ingrediente foram comercializadas no país.

A reavaliação é consequência das pesquisas que mostraram a relação entre o uso desses agrotóxicos e a mortandade das abelhas. De acordo com Freitas, nos casos de mortandade identificados, o agente causal era uma das substâncias que estão sendo reavaliadas. Além disso, em 80% das ocorrências, havia sido feita a aplicação aérea.

O engenheiro explicou que a reavaliação deve durar, pelo menos, 120 dias, e vai apontar o nível de nocividade e onde está o problema. “É o processo de reavaliação que vai dizer quais medidas precisaremos adotar para reduzir riscos. Podemos chegar à conclusão de que precisa banir o produto totalmente, para algumas culturas ou apenas as formas de aplicação ou a época em que é aplicado e até a dose usada”, acrescentou.

Mesmo com as restrições de uso, já em vigor, tais como a proibição da aplicação aérea e o uso das substâncias durante a florada, os produtos continuam no mercado. Juntos, os agrotóxicos sob a mira do Ibama respondem por cerca de 10% do mercado de inseticidas no país. Mas existem culturas e pragas que dependem exclusivamente dessas fórmulas, como o caso do trigo, que não tem substituto para a aplicação aérea.

Hoje (25), o órgão ambiental já sentiu as primeiras pressões por parte de fabricantes e produtores que alertaram os técnicos sobre os impactos econômicos que a medida pode causar, tanto do ponto de vista da produção quanto de contratos já firmados com empresas que fazem a aplicação aérea.

Freitas disse que as reações da indústria são naturais e, em tom tranquilizador, explicou que o trabalho de reavaliação é feito em conjunto com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e com o Ministério da Agricultura – órgãos que também são responsáveis pela autorização e registro de agrotóxicos no país. “Por isso vamos levar em consideração todas as variáveis que dizem respeito à saúde pública e ao impacto econômico sobre o agronegócio, sobre substitutos e ver se há resistência de pragas a esses substitutos e seus custos”, explicou o engenheiro.

No Brasil, a relação entre o uso dessas substâncias nas lavouras e o desaparecimento de abelhas começou a ser identificada há pouco mais de quatro anos. O diagnóstico foi feito em outros continentes, mas, até hoje, nenhum país proibiu totalmente o uso dos produtos, mesmo com alguns mantendo restrições rígidas.

Na Europa, de forma geral, não é permitida a aplicação aérea desses produtos. Na Alemanha, esse tipo de aplicação só pode ser feito com autorização especial. Nos Estados Unidos a aplicação é permitida, mas com restrição na época de floração. Os norte-americanos também estão reavaliando os agrotóxicos compostos por uma das quatro substâncias.

Agência Brasil, 25/07/2012.

domingo, 22 de julho de 2012

Comentários: Só para membros do blog

Coisa que nunca pensei que fosse fazer: restringir os comentários apenas aos seguidores registrados. A razão também é surreal: ataque de propaganda de sites que, supostamente ou de verdade, vendem remédios os mais variados. O Google geralmente barra, mas a cópia do texto vem por email para minha caixa postal e ganha medonhas tarjas vermelhas de alerta. Como o volume aumentou muito de algumas semanas para cá, tive que tomar uma providência.

Encontrei duas alternativas: colocar um tira-teima, que acho chato, e restringir os comentários aos usuários registrados, o que me parece mais bacana. Peço desculpas aos anônimos pela morte súbita. Se alguém tiver sugestão melhor, pode mandar que eu agradeço desde já.

terça-feira, 17 de julho de 2012

Alô alô Indaiatuba: Dia 27 palestra sobre bichos no SISNI


PARASITAS E TOXINAS: RAIZ DE DOENÇAS E DESCONFORTOS
Bichos que dão em gente, candidíase, câncer e doenças crônicas:
relações com alimentação e estilo de vida | como reconhecer, evitar e tratar

Palestra no
SISNI – Sociedade interativa Sol Nascente de Indaiatuba
Rua Donato de Almeida, 27 – Jardim Primavera, em frente ao Bosque do Saber
27 de julho, 6a feira, às 19:30h

Confirme presença ~ assentos limitados
19 3312-2527, 9222-2007, 9603-7064

domingo, 15 de julho de 2012

Só para mulheres: Diagrama da Cura Celestial

Ninguém crê em bruxas, mas sem um pouco de magia ninguém vive e os chineses tinham milhares de amuletos específicos para cada necessidade: espantar maus espíritos, proporcionar vida longa, garantir boa viagem, fazer chiover, fazer parar de chover, etcétera. Pois esse aí é diagrama da Cura Celestial recomendado só para mulheres, para todo tipo de problema feminino. Salvar, imprimir, colocar na bolsa, no armário, debaixo do travesseiro. E contemplar com frequência, para que a forma do diagrama possa ser assimilada pelos circuitos apropriados.

Manual do herói, página 46, a pedido de Denise Sahione

domingo, 8 de julho de 2012

Viver melhor: Teresa Andrés na Itália fuçando comidas


Teresa Andrés, nutricionista e produtora de orgânicos, resolveu procurar sua turma na Itália, tanto na produção de alimentos quanto na origem do movimento Slow food. 

Fez um blog para contar seu dia a dia por lá: http://www.dahortanaitalia.blogspot.com.br . Pesquei estes posts - um beijo, Teresa! - de quando ela começou a postar sobre a viagem, em 21/6. Um pouquinho de mim vai junto ;-)

A bota – traçando o roteiro

          Uma amiga me disse que sou a pessoa mais à deriva e com mais foco que ela conhece. Então é essa a rota da viagem: objetivos traçados, mas muitas lacunas para o imprevisível, o novo que sempre aparece. Gosto de não fechar muito os caminhos para não perder o acaso e suas possibilidades.
        Mas o esqueleto tá montado e começa em Torino, Piemonte, por onde entro na Itália. Piemonte tem muitas coisas que me interessam, a primeira e maior delas é a sede do movimento slow food. Desde que conheci o assunto me apaixonei, foi como descobrir minha tribo, pessoas falando e fazendo o quê eu acreditava e gostaria de ver no mundo: alimentação e plantação caminhando juntos. É muito estranho que eles tenham se separado, mas esta é a verdade depois da revolução verde e do crescimento da indústria alimentar. A comida ficou orfâ de pai e mãe, como uma criança da roça criada na cidade grande, sem conhecer suas origens. Na verdade as pessoas ficaram orfãs de uma comida com história, ciclo, sabor. Resgatar isso é lindo e saboroso e o piemonte é onde tudo começa. Tem a UNISG, (www.unisg.it) Universidade de Gastronomia do movimento, um sonho antigo, um curso de mestrado que namoro há alguns anos... 
Próximo passo Toscana. Roça. Mesmo com todo calor do verão, espero poder por a mão na terra, visitar e estar em algumas propriedades rurais, principalmente de horta orgânica. Dizem que é um ótimo período para festas típicas na região, e gostaria de alternar a atividade rural com passeios... 
Não sei o próximo passo, mas ainda tenho dois objetivos: Bologna - um amigo de uma amiga participa do Slow Food local e achei que seria legal ver as atividades da região. Por último Puglia. Sei pouquíssmo sobre o salto da bota, mas estou decidida a chegar até lá. Minha última paixão literaria foi Ossos, Sangue e Manteiga, de Gabrielle Hamilton, uma chef de cozinha americana muito autêntica, dona de um restaurante em NY que parece ser um sucesso – Prune, e que se casou com um italiano da região. Seu relato me encantou com a simplicidade do povo, sua culinária rica e preservada, a rusticidade das feiras e a alegria das pessoas. Foi amor à primeira leitura.
        No mais à deriva, deixando o vento me guiar. Parece bom, não é?

Super exercício do desapego

Estava super orgulhosa da mala piccola que havia feito e me sentindo uma desapegada de tanta coisa que costumo precisar (ou melhor, que tenho medo de precisar e não ter) e eis que a vida me pregou uma peça muito maior: minha mala não chegou. Pois é, está perdida pela Itália, sozinha, não sei onde e como eu, não fala italiano, tadinha. E eu aqui sem nenhuma roupa a não ser o que estava na minha bagagem de mão, ou seja, praticamente nada! Por incrível que pareça não fiquei (nem estou) nervosa. Só há duas possibilidades: ou chega e pronto, me virei estes dias, mas não morri ou não aparece e tenho que acessar o seguro (que fiz na última hora) e comprar tudo novo ;) as duas opções me parecem boas...um mini guarda roupa de H&M e Zara, não vai ser nada mal...

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Gatos: Os boa-vidas de São Luis


Foto de: Kenia Bahr
Para: Deixa sair

"Friozinho começando, os danadinhos se refestelando ao sol. Essa é uma casa bem simples em uma das vielas lindas de São Luís do Paraitinga," escreveu Kenia Bahr. E ficamos comentando a rede que o humano deles teceu em lugar do vidro, costurando algodão no ferro. Haja coração!