Nunca é demais falar sobre comer bem. Especialmente quando comer bem significa recuperar e manter a saúde.
Sábado próximo estarei mais uma vez, e mais uma vez feliz, no Parque da Água Branca, junto à feirinha de produtos orgânicos, conversando e autografando das 9 às 11h.
Em seguida faço a palestra numa das salas de lá. Sou fã dessa dieta. E do Parque. E de Sampa.
Espero vocês!
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terça-feira, 12 de março de 2013
segunda-feira, 31 de dezembro de 2012
Feliz ano novo: A poderosa dieta do dr Barcellos contra o que nos faz adoecer
DESINFLAMATÓRIA,
DESINTOXICANTE,
EMAGRECEDORA
A PODEROSA DIETA
DO DR BARCELLOS
CONTRA O CÂNCER
E TODAS AS ALERGIAS
Mágica? Parece.
Deixar de comer por alguns dias os alimentos proibidos na dieta do dr. Barcellos já faz a maior diferença, mesmo para quem não tem câncer, asma e outras alergias. Os tecidos do corpo desincham e se recuperam. A barriga murcha. A pessoa emagrece. A disposição melhora. O sono melhora. A pele clareia.
Fazer a dieta do dr. Barcellos por alguns meses, constatando os benefícios progressivos, pode levar a reflexões mais profundas sobre alimentação, bem-estar e manutenção da saúde. E demonstrar na prática o quanto cada pessoa pode tomar as rédeas de seu próprio corpo, isto é, de sua própria vida.
Raul Barcellos, médico carioca falecido há pouco tempo, aprendeu praticamente sozinho. Aos 14 anos, asmático de família asmática, começou a reparar na relação entre a comida e seus ataques de asma. Formou-se advogado porque ganhou bolsa de estudos, mas não descansou enquanto não foi estudar medicina. Na bioquímica descobriu que a proteína de certos alimentos pode desencadear reações alérgicas e inflamatórias, que se transformam em processos degenerativos quando os tecidos estão afetados por lesões como as causadas por parasitas e toxinas. Ao longo de 40 anos de clínica, para ele ficou claro que o câncer é uma forma avançada desse mesmo tipo de reação.
Na indústria médico-farmacêutica, drogas são desenvolvidas para conter o câncer interferindo quimicamente na absorção ou organização das proteínas. A dieta do dr. Barcellos entrega o poder ao paciente: basta ele não ingerir os alimentos que contêm determinadas proteínas para fazer estacionar ou regredir o tumor. A asma. As alergias.
DIETA & PARASITOSES
Esta tem sido minha dieta de referência desde 1995, quando conheci o dr. Barcellos. Logo publiquei um pequeno livro sobre seu trabalho (www.correcotia.com/cancer) e percebi que precisava fazer uma publicação sobre vermes, já que a vermifugação persistente era essencial em sua estratégia clínica para reverter câncer, asma, alergias em geral e algumas doenças crônicas e degenerativas. “Você pode fazer a dieta para sempre que não vai ter sintomas”, dizia ele aos pacientes , “mas a dieta não é o tratamento.” E mandava fazer exames de fezes de 10 em 10 dias, até dar positivo. Aí travava as parasitoses encontradas e acompanhava os exames, de sangue e de fezes, até se dar por satisfeito.
Na época eu ainda tinha muitas reações alérgicas e a dieta me livrou delas. Inesperadamente, me livrou também da perspectiva de um mioma. Ultrassonografias do útero feitas ao longo dos quatro ou cinco anos anteriores mostravam crescente espessamento do endométrio, a membrana que reveste o interior do útero, que aparecia aumentado. Com a dieta ele voltou ao tamanho normal e assim ficou.
Em 1997/1998 escrevi o Almanaque de Bichos que dão em Gente (www.correcotia.com/vermes), que ampliou muito a minha compreensão sobre os caminhos do dr. Barcellos. Tratei amebíase e outras parasitoses e eliminei, com compressas de argila e sementes de abóbora, larvas de tênia localizadas na cabeça, nas costas e nas pernas.
QUESTÃO DE PONTO-DE-VISTA
“Não é feia”, disse a dermatologista homeopata Silvia Flaksman quando fui lá, outro dia, mostrar uma pereba. “Tudo em você sai na pele, isso é uma bênção!”.
“Tudo” pode ser muita coisa. Frutos do mar me deixam manchas vermelhas que depois ficam escuras; carne de porco, às vezes, também, ambos sabidamente alergênicos; tofu, na fase macrô, me engrossava a pele dos cotovelos; e sou sardenta.
A bênção: coisas que aparecem na pele podem ser, e geralmente são, eliminação concentrada de toxinas. Esta é uma das funções da pele: deixar sair. Pode-se ajudar nessa limpeza de muitas formas, por exemplo usando emplastros de argila ou inhame.
Tirar fora ou bombardear quimicamente qualquer pequena anomalia dos tecidos, internos ou externos, é uma prática invasiva que vem sendo denunciada por eminentes médicos e cientistas do mundo inteiro. Muitas vezes aquele conjunto de células destrambelhadas não vai causar qualquer mal; será substituído naturalmente por um conjunto de células boas e a normalidade relativa se restabelecerá. A política de “detecção precoce” do câncer, chamada erroneamente de prevenção, acaba levando a uma epidemia de diagnósticos imprecisos e tratamentos desnecessários, prejudiciais à própria saúde.
Tudo muda o tempo todo. O imprevisível acontece também do jeito bom. Em 21 dias o sangue se renova e começa a trabalhar a favor do corpo, um sistema autorregulável que se recupera facilmente em condições propícias.
MAS E A DIETA?
Dureza é constatar que os alimentos implicados na dieta do dr. Barcellos são comuns demais na nossa rotina alimentar.
Feijão, por exemplo, brasileiro come todo dia. Hipócrates, o pai da medicina ocidental, já dizia: “São tão ricos os feijões que poderíamos viver só deles, mas tão tóxicos que só podem ser comidos com algum cereal”.
Leite, queijo, iogurte, manteiga e outros laticínios, bem como bolos, biscoitos, pães e tortas preparados com eles, são quase regra no café-da-manhã, no lanche, no fast-food. Muitos velhinhos vivem de leite e biscoitos – mal, é claro. Além de sua proteína ser desenhada para o crescimento de quadrúpedes ruminantes, o leite pode conter resíduos de substâncias tóxicas e carcinogênicas altamente indesejáveis, como metais pesados, pesticidas e antibióticos.
Batatas? Meu Deus! O mundo é feito de batata-frita, batata-assada, batata cozida, purê de batata, fécula de batata, pão de batata. Uma greve de batatas seria a revolução na cozinha. Entretanto, apesar de ter salvado a Europa da fome, a batata-inglesa é conhecida por aumentar dores artríticas e musculares, entre outras, além de elevar rapidamente o nível de glicose no sangue.
Carnes de porco, lagosta e camarão, a Bíblia já dizia para não comer e há muitos casos de edema de glote e outras reações alérgicas graves devido a elas. Mas povos saudáveis, como os chineses, comem bastante carne de porco - devem ter um segredo qualquer, um modo regular de eliminar as toxinas, eles que entendem tanto disso.
Aveia, abacate, castanha-portuguesa e vitamina C sintética completam a lista das proibições. Doem menos.
– Nossa, mas não sobrou nada!, exclamam as pessoas. – O que é que vamos comer?!
Sobra muita, muita coisa no grande universo de alimentos. Quem sabe chegou a hora de mudar o padrão e fazer novas descobertas?
Não há nada a perder, nem efeitos colaterais indesejáveis. É simples demais para não tentar.
NÃO PODE COMER:
. leite e todos os derivados, queijo, iogurte, kefir, etc, e qualquer coisa feita com eles
. leguminosas: feijões secos e verdes de todos os tipos, vagem, ervilha, grão-de-bico, lentilha, favas, tremoços, soja e seus derivados e qualquer coisa feita com proteína ou leite de soja; amendoim, que é um tipo de feijão
. carnes de porco, lagosta e camarão
. tubérculos: batata-inglesa, batata-doce, mandioca/aipim/macaxeira, batata-baroa/batata-salsa/mandioquinha
. aveia
. abacate
. castanha portuguesa
. vitamina C sintética
O QUE PODE: (atualizado em 1/1/13 às 20:37)
. leite de coco, de amêndoas, de castanhas, de arroz
. óleo virgem de coco, azeite extravirgem de oliva, óleos prensados a frio
. quase todos os cereais: arroz, trigo, cevada, centeio, painço, quinoa, amaranto, trigo-sarraceno, milho - e suas farinhas, se possível integrais
. quase todas as carnes: gado bovino, caprino e ovino, aves, peixes, ovas de peixe, caldo de rã (só o caldo)
. ovos de galinha orgânicos
. ovos de galinha orgânicos
. todas as raízes: cenoura, nabo, bardana, rabanete comprido
. os cormos: inhame, taro, cará (não são tubérculos, que o dr. Barcellos proíbe)
. todos os frutos: abóboras, abobrinhas verde e menina, chuchu, pepino, tomate, pimentão, beringela,
quiabo, maxixe, jiló, cará-moela
quiabo, maxixe, jiló, cará-moela
. rodos os rizomas: gengibre, cúrcuma (açafrão-da-terra)
. todos os bulbos: cebola, alho, funcho/erva-doce, aipo/salão, alho-poró, nabo, rabanete, beterraba, couve-rábano
. todos os caules e medulas: aspargo, palmito, broto de bambu
. todas as folhas: acelga, alface, chicória, agrião, mostarda, escarola, rúcula, espinafre, vinagreira, almeirão, bertalha, catalona, couve-chinesa, dente-de-leão, serralha, salsa, coentro, nirá, cebolinha, hortelã, caruru, bredo, ora-pro-nóbis, beldroega, shissô, manjericão, taioba, couve, repolho, couve-de-bruxelas, brócolis, couve-flor, e ainda as folhas de cenoura, nabo daikon, aipo, alho-poró e outras muitas
. as flores: brócolis, couve-flor, alcachofra, capuchinha, flor de abóbora, flores de ipê
. os brotos: de qualquer semente orgânica que não seja leguminosa – trigo, alfafa, trevo, nabo,
abóbora, girassol
abóbora, girassol
. todos os cogumelos
. as sementes: gergelim, girassol, abóbora, nozes, castanhas, amêndoas, coco, pupunha (não amendoim)
. os alimentos que evitam e combatem infecções parasitárias: inhame, cenoura, cebola, maxixe, agrião, alho, salsa, cebolinha-verde, coentro, nirá, hortelã, mastruz, erva-de-santa-maria, couve, abóbora e suas sementes, coco, amêndoa, óleo de gergelim, raiz-forte, trigo-sarraceno, arroz cru, sementes de mamão
. os temperos que alimentam e curam: alho, cebola, cebolinha, salsa, coentro e suas sementes, salsaparrilha, orégano, tomilho, manjericão, sálvia, alecrim, hortelã, cominho, gengibre, cúrcuma, zimbro, noz-moscada, cravo, cardamomo
. todas as frutas, exceto abacate
. todas as frutas, exceto abacate
TAMBÉM PODE, COM JUÍZO
. pipoca
. chocolate amargo ou meio-amargo que não leve leite ou soja, de boa qualidade
. biscoitos e cookies integrais de farinha de trigo sem leite nem soja
. bolo feito com leite de coco em lugar de leite e manteiga
. frutas em compota ou calda, doce de abóbora
…e outras guloseimas sensatas.
Evitar excessos em geral, especialmente de produtos industrializados e farináceos.
ENCARANDO E +
O problema com as dietas é um só: não se render à primeira tentação. Isso exige disciplina, que deve estar ancorada numa boa motivação.
Tratar os vermes, ao iniciar a dieta, é muito importante para ajudar. Eles influem muito em nosso comportamento; estão por trás de grande parte das compulsões alimentares e de distúrbios emocionais recorrentes, como ansiedade e depressão.
Tratar os vermes, ao iniciar a dieta, é muito importante para ajudar. Eles influem muito em nosso comportamento; estão por trás de grande parte das compulsões alimentares e de distúrbios emocionais recorrentes, como ansiedade e depressão.
Entrei nessa dieta de novo há dois meses porque estava gordinha, sentindo o abdome inchado. Trabalho a musculatura abdominal há muitos anos e senti a capacidade de contração diminuída, pesada. Inflamação incha, vocês sabem, e o que as proteínas irritantes produzem no princípio é um estado de inflamação nos tecidos – especialmente nos intestinos, o que faz a barriga se expandir.
Pois bem: com 40 dias de dieta meu corpo começou a voltar ao normal. Perdi a aversão ao espelho que vinha tendo. A autoestima subiu. Fiquei feliz. Recuperei roupas. Mais uma vez coloquei à prova as coisas em que acredito, e como se vê, deu certo – é assim que vou continuar comendo por alguns meses mais.
Até porque o período de festas sempre me faz sair do sério.
Só eu?
Até porque o período de festas sempre me faz sair do sério.
Só eu?
BENVINDO 2013!
Saúde, felicidade e vida longa para todos. E muitas sementes de saúde e felicidade também.
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segunda-feira, 16 de janeiro de 2012
Papo de câncer: Ser ou não ser, eis a questão
A propósito do câncer que não era câncer na tiróide da presidente Kirchner, fiquei lembrando do dr. Barcellos.
Raul Barcellos foi um médico carioca que primeiro fez Direito, com bolsa de estudos, para poder sustentar a mãe viúva e os irmãos, e só mais tarde cursou Medicina, quando já estava financeiramente estabilizado. Medicina era sua paixão antiga, por razões pessoais. Asmático, de família asmática, aos 14 anos começou a perceber que tinha mais acessos de asma quando comia certos alimentos. Privado deles, a respiração permanecia normal. Foi testando um e outro, fazendo-se de cobaia, e passou a ter somente as crises inevitáveis.
Já formado, dava plantão num hospital e ao fazer um parto constatou que a parturiente estava cheia de tumores. Colocou-a na dieta e mandou voltar dali a um mês - para constatar que os tumores haviam regredido. Confirmava, mais uma vez, a suspeita adquirida nos anos de estudo, especialmente de bioquímica: de que o câncer poderia ser uma forma avançada de reação alérgica, em que proteínas mal utilizadas faziam crescer os tumores.
Mas era preciso haver uma causa, uma lesão inicial, uma perda de imunidade nos tecidos para que a organização natural falhasse. Naquele tempo era fácil obter bons exames de fezes. Quando o primeiro dava negativo ele mandava repetir de 10 em 10 dias até dar positivo, para saber o que deveria tratar; pelo exame de sangue já sabia que nas pessoas com tumores havia sempre a presença de vermes, especialmente helmintos, representados pelo aumento da eosinofilia. (Eosinófilo é um tipo de leucócito, célula branca, encarregada da defesa, que corrói a cutícula de parasitas grandes; frequentemente sua presença é explicada apenas como sinal de alergia.)
O que ele pensou: o tecido lesionado pela infecção parasitária passa a escolher mal os aminoácidos de que precisa para se recompor. Todos os dias morrem células, todos os dias surgem células novas. A proteína é necessária para formá-las e se compõe de diferentes combinações entre os aminoácidos que circulam pelo sangue, uns e outros sendo escolhidos conforme as especificações do DNA: não nascem unhas na cabeça ou cabelos nas pontas dos dedos. No local afetado, ruminava ele, o tecido deixa de fazer as escolhas corretas. Por isso a supressão de certos alimentos fazia regredir o tumor. Retirava de circulação os aminoácidos impróprios.
Além da dieta, o que mais era necessário? Acalmar, fortalecer o paciente, ajudar na desintoxicação e acabar com a parasitose. Para isso ele dava um remedinho antidistônico, que depois sumiu do mercado; sulfato ferroso; comprimidos de metionina, um aminoácido desintoxicante que também quase sumiu; e tratava a parasitose, repetindo os exames de fezes e observando a curva da eosinofilia.
- Cadê esses pacientes?, perguntei a ele quando nos conhecemos.
- Sumiram, professora (ele me dava esse título honroso mas indevido). O paciente fica bom e desaparece. Eu sempre aviso que a dieta não é o tratamento, que quando tiver alta a pessoa pode voltar a comer de tudo, mas os sintomas somem e o paciente também...
Ele queria fazer o protocolo científico de seu método. Peregrinou por todos os hospitais do câncer sem ser ouvido. Acabou encontrando uma brechinha na Clínica Campo Belo, em Jacarepaguá, Rio de Janeiro, onde lhe concederam a oportunidade de aplicar a dieta no pavilhão de pacientes terminais. Só a dieta, sem qualquer medicamento. Um dos diretores da clínica, dr. Henrique dos Santos Bartholo, também médico, escreveu para a orelha do livro que publiquei a respeito, A dieta do dr Barcellos contra o câncer (e todas as alergias): "É com grande prazer que vejo o trabalho do dr. Raul Barcellos sendo exposto. Tive o privilégio de acompanhar durante alguns meses sua dedicação absoluta a pacientes oncológicos considerados fora de possibilidade terapêutica, internados no Hospital de Apoio, onde a maior luta travada é certamente contra a desesperança dos pacientes e a angústia do próprio corpo clínico. (...) Não poderia, por uma questão de coerência, deixar de registrar as melhorias objetivas e subjetivas observadas por mim nos pacientes durante a permanência do dr. Raul naquele pavilhão. (...) Mais uma vez, dr. Raul, obrigado por sua obstinação."
enquanto isso...
Longe dali, primeiro nos Estados Unidos, depois no México, uma cientista canadense chamada Hulda Clark afirmava a quem quisesse ouvir que 100% dos pacientes de câncer têm um verme no fígado, a Fasciolopsis buskii, fascíola em português, verme achatado em forma de folha, do qual existem alguns tipos, um deles específico do fígado. A princípio a F. buskii não seria um parasita humano. Os cistos dessa fascíola porventura ingeridos numa salada de agrião cru, por exemplo, contaminado por caramujinhos, têm uma carapaça que nenhuma substância normal da nossa bioquímica conseguiria dissolver. O que a dra. Clark constatou é que passamos a dissolvê-la porque o interior do corpo dispõe de solventes adquiridos com o uso cada vez maior de produtos industrializados. Um deles, álcool isopropil, parece que dá conta da carapaça num piscar de olhos. Lendo os rótulos, é impressionante a frequência com que aparece propil no meio de um nome e benz, de benzeno, no meio de outro.
As outras fascíolas, habituais em mamíferos, também não são boazinhas. Comem os dutos biliares e produzem muitos sintomas desagradáveis, quando não mortais. Sempre que ouço falar de hepatite, cirrose sem causa óbvia ou tumor no fígado fico pensando nelas. Segundo a dra. Clark, a endometriose acontece porque elas carregam pedacinhos do tecido do endométrio para fora quando atravessam as paredes do útero. Sim, os vermes se movimentam à vontade dentro de nós. Dizem os eruditos que não há parte do corpo que não seja visitada por algum parasita pelo menos uma vez na vida.
A dra. Clark descreve o tumor como um antro de parasitas de toda espécie - vermes, protozoários, fungos, bactérias, vírus, todos se reproduzindo sem parar e gerando toxinas e hormônios que alteram o ecossistema local. Frequentemente o câncer se comporta exatamente como um fungo. Alguns cientistas defendem a ideia de que o câncer é uma simbiose da célula humana com os fungos.
enquanto isso...
No hospital da Universidade de Tóquio, uma mulher estava anestesiada na mesa de cirurgia e o bisturi fez o primeiro corte sobre o que se considerava ser o tumor. Para espanto geral, pela abertura saiu uma larva viva de Spirometra europaeierinacei que qualquer um adquire em qualquer lugar do corpo e do mundo. O flagrante foi registrado pelo dr. Nobuaki Akao, diretor da faculdade de parasitologia da Universidade de Tóquio. Troquei emails com ele, pedindo autorização para publicar a foto no Almanaque de Bichos que dão em Gente, e perguntei se era um evento muito raro. A resposta: "Só aqui, neste hospital, e somente no seio, são uns 20 casos por ano. Fora os outros lugares do corpo."
voltando...
O dr. Raul Barcellos morreu há alguns anos, mas sua dieta e a noção de que todos podemos ter parasitoses envolvidas em doenças crônicas e degenerativas vêm ajudando milhares de pessoas. Os alimentos proibidos:
. leite e derivados
. carnes de porco, lagosta e camarão
. feijões de qualquer tipo, ervilha, lentilha, grão-de-bico, vagem, feijão-verde, soja e derivados, bem como seus brotos
. tubérculos: batata-inglesa, batata-doce, batata-baroa (mandioquinha), cará, aipim/mandioca e suas farinhas
. aveia, abacate, castanha portuguesa e vitamina C sintética, ou seja, em suplementos.
Essa dieta também emagrece. Quando fiz, fiquei totalmente livre das alergias e de um espessamento do endométrio que costuma anunciar mioma(s) no útero. Quinze anos depois, continuo observando as reações que tenho diante desses alimentos, às vezes sim, às vezes não. A médica dermatologista Silvia Flaksman me disse, na última pereba que tive, que eu devia erguer as mãos para o céu porque tudo me sai na pele. É melhor o que a gente vê. Porque aí também vê regredir quando toma uma providência - às vezes até bobinha, como não comer queijo.
Leite, seus derivados, carne de porco e camarão são conhecidos por provocar reações alérgicas altamente inflamatórias nas mais diversas pessoas. Gripes e resfriados, por exemplo, podem ser uma forma de descarregar as toxinas e os resíduos que eles deixam. Não são autolimpantes, como os vegetais. Antigamente eram chamados de remosos, isto é: deles fica uma reuma, um catarro, uma gosma que se incorpora à gente. Como a gosma do frango, que se esfrega com limão para tirar. Ela eventualmente produz espinhas e furúnculos que o corpo tenta eliminar através da pele, ou vaga dali praqui, cheia de nutrientes que interessam muito aos bichos, podendo formar com eles uma unidade igual à do supermercado com o ser humano. Instalam-se onde possam se alimentar, tomando cada vez mais o território para si e sua prole. Faz sentido?
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segunda-feira, 15 de março de 2010
Cozinha medicinal: Kvass de beterraba controla cândida?
Estava pesquisando sobre gordura & candidíase no livro Eat fat, loose fat, de Mary Enig e Sally Fallon, da Weston A. Price Foundation, quando me deparei com o seguinte texto: "Christine sofreu com candidíase muitos anos (...) e começou a tomar o kvass de beterraba, uma xícara antes de cada refeição. Os resultados foram mágicos. Os sintomas de cândida desapareceram imediatamente e a fadiga também."
Kvass é uma bebida fermentada de origem russa, geralmente feita a partir de um pedaço de pão seco, ou da própria massa crua do pão. Refresca, alimenta e é muito popular. Tem sido amplamente usado na Europa em terapias contra o câncer. Depoimentos de adeptos indicam que é excelente contra fadiga crônica, sensibilidade a produtos químicos, alergias e problemas digestivos.
O kvass de beterraba aparentemente ajuda no controle da candidíase por seus "extraordinários poderes curativos: grande tônico do sangue, promove a regularidade intestinal, ajuda a digestão, alcaliniza o sangue, limpa o fígado e é um bom tratamento para pedras nos rins". Não é propriamente gostoso, mas cerveja também não é e a gente bebe, e ainda por cima a cor é linda.
Modo de fazer:
. 2 beterrabas médias ou 3 pequenas, orgânicas, sem casca, picadas com faca (não raladas nem processadas)
. 1/4 de xícara de soro de leite feito em casa (colocar leite cru numa vasilha e deixar talhar, coar num pano e colher o soro em outra vasilha) (o coalho, pendurado numa trouxinha de pano durante a noite, vira um queijinho para a turma que não está em dieta)
. 1 colher de chá de sal
Colocar as beterrabas picadas, o soro e o sal num vidro de 1 litro, completar com água filtrada. Mexer, tampar bem e manter à temperatura ambiente por 2 dias; então guardar na geladeira. Ele faz bolinhas. Coar e servir. Tomar 2 xícaras por dia, tirando-as da geladeira algumas horas antes.
Quando o kvas estiver quase acabando, encher novamente o vidro com água filtrada, tampar bem, deixar 2 dias à temperatura ambiente e guardar na geladeira. Tomar e depois descartar tudo, começando novamente com beterrabas frescas.
Kvass é uma bebida fermentada de origem russa, geralmente feita a partir de um pedaço de pão seco, ou da própria massa crua do pão. Refresca, alimenta e é muito popular. Tem sido amplamente usado na Europa em terapias contra o câncer. Depoimentos de adeptos indicam que é excelente contra fadiga crônica, sensibilidade a produtos químicos, alergias e problemas digestivos.
O kvass de beterraba aparentemente ajuda no controle da candidíase por seus "extraordinários poderes curativos: grande tônico do sangue, promove a regularidade intestinal, ajuda a digestão, alcaliniza o sangue, limpa o fígado e é um bom tratamento para pedras nos rins". Não é propriamente gostoso, mas cerveja também não é e a gente bebe, e ainda por cima a cor é linda.
Modo de fazer:
. 2 beterrabas médias ou 3 pequenas, orgânicas, sem casca, picadas com faca (não raladas nem processadas)
. 1/4 de xícara de soro de leite feito em casa (colocar leite cru numa vasilha e deixar talhar, coar num pano e colher o soro em outra vasilha) (o coalho, pendurado numa trouxinha de pano durante a noite, vira um queijinho para a turma que não está em dieta)
. 1 colher de chá de sal
Colocar as beterrabas picadas, o soro e o sal num vidro de 1 litro, completar com água filtrada. Mexer, tampar bem e manter à temperatura ambiente por 2 dias; então guardar na geladeira. Ele faz bolinhas. Coar e servir. Tomar 2 xícaras por dia, tirando-as da geladeira algumas horas antes.
Quando o kvas estiver quase acabando, encher novamente o vidro com água filtrada, tampar bem, deixar 2 dias à temperatura ambiente e guardar na geladeira. Tomar e depois descartar tudo, começando novamente com beterrabas frescas.
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segunda-feira, 18 de maio de 2009
No outono é bom comer amendoim
O tempo foi ficando mais seco e deu vontade de comer amendoim torradinho. Ô delícia.
Ele andou banido dos cardápios saudáveis porque tem uma tendência a desenvolver fungos que liberam toxinas brabas quando é armazenado em locais úmidos, e os produtores brasileiros pareciam não ter cuidado com isso. Mas já faz tempo. E nem sei se não foi mais um boato espalhado pelo lobby da soja, que depois entrou no mercado com sojinha torrada, argh, a pontinha de um imenso iceberg de soja inadequada para a saúde humana, mas isso é outro assunto. Que já está há tempos no Correcotia.
E por que comer amendoim no outono? Porque ele nutre e umedece os pulmões, sendo especialmente indicado para o sistema respiratório. Diz o médico e professor Ysao Yamamura, em seu livro Alimentos - aspectos energéticos, que "o amendoim combate o estado yang dos pulmões, que provoca a tosse tipo yang, como a coqueluche, tosse seca e tuberculose pulmonar". Mais uma informação dele, especial para quem também gosta de um vinhozinho nas noites mais frias: o óleo dos amendoins protege a mucosa gástrica da ação do álcool e age beneficamente sobre o sistema baço-pâncreas, impedindo alguns efeitos colaterais desagradáveis que a MTC chama de umidade/calor.
Fora isso o amendoim é uma fonte rica de vitaminas do complexo B, tem bastante fibra e é rico em zinco e selênio. Pode ser um lanchinho maravilhoso naquela hora em que o mundo vai cair se a gente não comer alguma coisa. Porém...
Bem, porém muita gente é alérgica a ele. A maior parte das mortes por alergia nos Estados Unidos está ligada ao amendoim. Não costumo confiar totalmente nesse tipo de informação, porque não sei como a pesquisa foi realizada, mas sei que o povo de lá come manteiga de amendoim direto, e ela não é feita só com ele. Leva açúcar e óleo vegetal. Além disso, um dos estudos aponta para uma interação negativa com a soja. Será que estão colocando soja na manteiga de amendoim? Ó dúvida cruel.
Mas não dá para esquecer que o amendoim faz parte da enorme família das leguminosas, que inclui todos os feijões, grão-de-bico, lentilhas, ervilhas, vagens e a própria soja. Hipócrates, em 400 aC, já sabia que essa família é nutritiva mas tóxica. Outro médico, o dr Raul Barcellos, desenvolveu há poucas décadas uma dieta contra câncer e alergias que também proíbe as leguminosas, amendoim incluso.
Amendoim, portanto, é como tudo na vida: tem que saber administrar.
Principalmente quando está no forno, pra não deixar torrar demais e estragar tudo.
PS - Existe um selo de qualidade da ABICAB destinado a garantir a baixa toxicidade dos amendoins.
Ele andou banido dos cardápios saudáveis porque tem uma tendência a desenvolver fungos que liberam toxinas brabas quando é armazenado em locais úmidos, e os produtores brasileiros pareciam não ter cuidado com isso. Mas já faz tempo. E nem sei se não foi mais um boato espalhado pelo lobby da soja, que depois entrou no mercado com sojinha torrada, argh, a pontinha de um imenso iceberg de soja inadequada para a saúde humana, mas isso é outro assunto. Que já está há tempos no Correcotia.
E por que comer amendoim no outono? Porque ele nutre e umedece os pulmões, sendo especialmente indicado para o sistema respiratório. Diz o médico e professor Ysao Yamamura, em seu livro Alimentos - aspectos energéticos, que "o amendoim combate o estado yang dos pulmões, que provoca a tosse tipo yang, como a coqueluche, tosse seca e tuberculose pulmonar". Mais uma informação dele, especial para quem também gosta de um vinhozinho nas noites mais frias: o óleo dos amendoins protege a mucosa gástrica da ação do álcool e age beneficamente sobre o sistema baço-pâncreas, impedindo alguns efeitos colaterais desagradáveis que a MTC chama de umidade/calor.
Fora isso o amendoim é uma fonte rica de vitaminas do complexo B, tem bastante fibra e é rico em zinco e selênio. Pode ser um lanchinho maravilhoso naquela hora em que o mundo vai cair se a gente não comer alguma coisa. Porém...
Bem, porém muita gente é alérgica a ele. A maior parte das mortes por alergia nos Estados Unidos está ligada ao amendoim. Não costumo confiar totalmente nesse tipo de informação, porque não sei como a pesquisa foi realizada, mas sei que o povo de lá come manteiga de amendoim direto, e ela não é feita só com ele. Leva açúcar e óleo vegetal. Além disso, um dos estudos aponta para uma interação negativa com a soja. Será que estão colocando soja na manteiga de amendoim? Ó dúvida cruel.
Mas não dá para esquecer que o amendoim faz parte da enorme família das leguminosas, que inclui todos os feijões, grão-de-bico, lentilhas, ervilhas, vagens e a própria soja. Hipócrates, em 400 aC, já sabia que essa família é nutritiva mas tóxica. Outro médico, o dr Raul Barcellos, desenvolveu há poucas décadas uma dieta contra câncer e alergias que também proíbe as leguminosas, amendoim incluso.
Amendoim, portanto, é como tudo na vida: tem que saber administrar.
Principalmente quando está no forno, pra não deixar torrar demais e estragar tudo.
PS - Existe um selo de qualidade da ABICAB destinado a garantir a baixa toxicidade dos amendoins.
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