terça-feira, 27 de setembro de 2011

Alô alô, cariocas, nos vemos lá?


COMER MELHOR
COM SONIA HIRSCH

palestras no rio de janeiro
6 e 19 outubro | 10 e 24 novembro 2011 | 18:30 ~ 21:30
flex center | salão esmeralda
LARGO DO MACHADO 54
metrô e ônibus ao lado | estacionamento r$13,00
inscrição r$35,00 > somente online

traga alguma coisa para comer e oferecer no intervalo

5a feira | 6 de outubro | 18:30 COMER BEM, COMER MAL

Panorama da alimentação contemporânea | linhas alimentares | o problema com as dietas | critérios para escolher e preparar a comida

4a feira | 19 de outubro | 18:30 PARASITAS E TOXINAS,
RAIZ DE DOENÇAS E DESCONFORTOS

Bichos que dão em gente, candidíase, câncer e doenças crônicas: relações com alimentação e estilo de vida | como reconhecer, evitar e tratar

5a feira | 10 de novembro | 18:30 DEIXA SAIR

Desintoxicar na primavera | sintomas de intoxicação em vários níveis | limpeza intestinal diária como seguro de saúde
NOVA DATA :
4a feira | 7 de dezembro | 18:30 ALIMENTAÇÃO & INTELIGÊNCIA DO CORPO

Saborear é viver | doce, salgado, ácido, amargo, picante: a função de cada um dos cinco sabores na comida de cada dia e sua relação com estados físicos, mentais e emocionais

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Cultura do cinismo: Só os tolos respeitam as regras

Do blog Em pratos limpos | Porque alimentação também é política

Carta aberta à Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) e à população brasileira 


Venho por meio desta informar à população brasileira e aos membros da CTNBio que, apesar de estar presente a 145ª Reunião Ordinária Plenária da CTNBio, como cidadã brasileira, meu mandato como especialista em defesa do consumidor no seio desta Comissão, indicada pelo Ministro da Justiça a partir de lista tríplice elaborada pelas organizações da sociedade civil, expirou aos 28.08.2011 e portanto não tenho nessa ocasião direito a voto e voz.

De acordo com o art. 7º do Regimento Interno da CTNBio, as consultas às organizações da sociedade civil para os fins de indicação e recondução de especialista em defesa do consumidor, da saúde, do meio ambiente, da biotecnologia, da agricultura familiar e da saúde do trabalhador, devem ser realizadas 60 (sessenta) dias antes do término dos respectivos mandatos desses membros. Todavia, a Secretaria Executiva da CTNBio não observou esse procedimento o que fez com que hoje os consumidores brasileiros e seus representantes estejam afastados das discussões dessa plenária.


Minha preocupação refere-se ao fato que está em pauta nessa reunião da CTNBio questão de extrema importância para toda a população brasileira: o procedimento de liberação comercial do feijão Embrapa 5.1 resistente ao vírus do mosaico dourado de feijoeiro. A lei de biossegurança – lei 11.105/2005 – estabelece como suas diretrizes o avanço cientifico na área de biossegurança e biotecnologia, a proteção à vida e à saúde humana, animal e vegetal, e a observância do principio da precaução para a proteção do meio ambiente. Há uma complexidade do evento feijão Embrapa 5.1 que lida com partículas virais, e dai a necessidade da adoção do princípio da precaução e de estudos que efetivamente atestem a segurança desse evento e, em particular a segurança alimentar.


Nesse sentido, solicito que sejam tomadas as medidas necessárias pela Secretaria Executiva da CTNBio para o preenchimento das vagas dos representantes da sociedade civil conforme dispõe o regimento interno da CTNBio (arts. 6º, 7º e 8º) e que seja aprovada uma diligencia em relação ao evento feijão Embrapa 5.1 para que sejam realizados estudos aprofundados, notadamente em relação a avaliação de risco a saúde humana e animal e risco ambiental.
Brasília, 15 de Setembro de 2011.


Dra. Solange Teles da Silva

Feijão transgênico: Por que não dá para entender

De: AS-PTA boletim@aspta.org.br
Para: Deixa Sair


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POR UM BRASIL ECOLÓGICO,
LIVRE DE TRANSGÊNICOS E AGROTÓXICOS
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Número 556 - 23 de setembro de 2011


Car@s Amig@s,


Mesmo depois de aprovada a liberação do feijão transgênico, seus proponentes seguem inflando seus supostos benefícios. A mistificação criada em torno do tema parece ter ganhado asas.


A nova semente vai “democratizar o consumo do alimento em todas as classes da população”, diz o autor do projeto. Considerando o atual padrão alimentar do brasileiro, será que basta alterar um gene da planta e pronto?


A Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2008-2009, do IBGE, indicou queda no consumo de arroz e feijão entre os brasileiros no período de 2002/2003 a 2008/2009. A coleta de dados ocorreu nas áreas urbana e rural em todo o território nacional. No período considerado, o consumo per capita anual da leguminosa caiu de 12,4 para 9,1 kg. Já o consumo de refrigerantes de cola aumentou 39,3%. Os alimentos essencialmente calóricos (óleos e gorduras vegetais, gordura animal, açúcar de mesa e refrigerantes e bebidas alcoólicas) perfazem 28% do consumo no domicílio. O aumento da renda da população em parte explica o menor consumo de bens inferiores como o feijão. Assim, o que se entende por democratizar o acesso ao feijão?


Ainda de acordo com o IBGE, em outra pesquisa, metade da população adulta e um quinto dos adolescentes brasileiros estão acima do peso. É uma epidemia de obesidade. Hoje cada vez mais come-se fora de casa e comida industrializada. A questão é complexa. Para o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, algumas indústrias agroalimentícias colocam a saúde pública em situação de risco para proteger seus interesses. Existe “uma história vergonhosa e bem documentada de certos atores na indústria que ignoram a ciência e, inclusive, sua própria pesquisa”, disse (Portal Terra, 19/09/2011).


Voltando ao feijão, os dados da Conab/Ministério da Agricultura, para o mesmo período 2002-2009, apontam que a área cultivada com feijão passou de 4,38 para 4,17 milhões de hectares. No mesmo período a produtividade média nacional cresceu de 732 para 842 kg/ha e a produção foi de 3,2 para 3,49 milhões de toneladas (previsão de 3,78 para 2011). O consumo do grão está caindo não por falta de produção.


E como disseram em artigo cinco ex-integrantes da CTNBio: “A Embrapa, através de parte de seus pesquisadores, ao impedir o acesso da comunidade científica ou da população às informações moleculares está contribuindo para o obscurantismo da ciência, ao não querer mostrar o que de fato está ocorrendo no feijão transgênico. Esconder da sociedade o que estará dentro de um prato de comida não foi uma prerrogativa dada pela sociedade a uma empresa mantida com recursos oriundos desta própria sociedade.”


A se tirar pelo discurso midiático dos defensores do novo feijão, parece que se desconhece ou se esconde não só o que está dentro, mas também o que por trás de um prato de comida.


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Ex-integrante da CTNBio protesta por ter sido impedida de votar o feijão transgênico


A Dra. Solange Teles da Silva, que durante os últimos dois anos foi membro da CTNBio representando as organizações da sociedade civil de defesa do consumidor, publicou em 16 de setembro uma carta aberta denunciando que, por inação do secretariado da Comissão, sua recondução ao cargo (cuja validade havia expirado em 28/08/2011) não foi encaminhada, o que a deixou impedida de se manifestar e votar na sessão em que foi aprovada a liberação do feijão transgênico da Embrapa.


Solange solicita que “sejam tomadas as medidas necessárias pela Secretaria Executiva da CTNBio para o preenchimento das vagas dos representantes da sociedade civil conforme dispõe o regimento interno da CTNBio (arts. 6º, 7º e 8º) e que seja aprovada uma diligencia em relação ao evento feijão Embrapa 5.1 para que sejam realizados estudos aprofundados, notadamente em relação a avaliação de risco a saúde humana e animal e risco ambiental.”
 Leia a íntegra da Carta Aberta no blog em Pratos Limpos.


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Neste número (tudo muito bom, bem documentado, oportuno- SH):
1. Justiça mantém decisão da Anvisa sobre banimento do agrotóxico Metamidofós
2. Ex-integrante da CTNBio protesta por ter sido impedida de votar o feijão transgênico
3. Senado: Comissão de Meio Ambiente defende rotulagem
4. 12 anos depois do prometido, Bayer retira do mercado agrotóxicos letais
5. ONU: indústria agroalimentícia coloca saúde pública em risco
6. Lobby da indústria falou mais alto na ONU
7. Comida ou mercadoria: do que se alimenta o mundo?
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Este Boletim é produzido pela AS-PTA Agricultura Familiar e Agroecologia e é de livre reprodução e circulação, desde que citada a AS-PTA como fonte.


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quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Alô alô, turma do kefir e da coalhada: Carol Daemon ensina a fazer e variar

Quem não conhece o blog da Carol não sabe o que está perdendo. Ela pesquisa, divulga, experimenta, inventa. Agora postou um passo a passo para fazer kefir e coalhada, supimpa! Tem com leite, sem leite, com rapadura, com suco de uva... Entrega em casa, Carol? ;-)

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Dicas da Silvia - BH: Casca de laranja? Não jogue fora!

De: Silvia - BH
Para: Deixa sair

Há anos uso as cascas das laranjas que chegam na cozinha e que ficam penduradas ou a secar em alguma parte livre da mesa.  Elas são úteis na culinária para doces e salgados e na casa em geral.

As cascas, depois de secas, são guardadas em vidros e datadas. As mais velhas uso na casa, e as fresquinhas, recém secas, na culinária.

Procuro usar laranjas sem agrotóxicos, laranjas orgãnicas.  As pulverizadas absorvem os pesticidas justamente no óleo. E as enceradas levam 5% de tiabendazol contra larvas. Antes  pedia a amigos que têm sítio, mas hoje em dia pode-se encontrar em lojas de orgânicos. É melhor lavá-las antes de utilizar para secarem bem e não mofarem; depois é que descasco-as.

Na culinária,  a casca de laranja mais conhecida é aquela casquinha com açúcar que acompanha um cafezinho, ou, mais antigo, o doce em calda de casca de laranja. Mas também tempera bolos (cortada em pedacinhos ou ralada até virar pó), acompanha o chocolate em recheios e coberturas e dá um toque em sobremesas. Gosto muito de temperar chás com um pedacinho que pego, às vezes, até  antes de completar a secagem. É indicada para o fígado no chá de boldo. Pode ser usada com banchá e chá de camomila.

A casca de laranja é também usada para temperar carnes - não é assunto deste blogue, mas é um dos seus usos que não experimentei. Também tempera o azeite de oliva e fica muito bom!

Como me acostumei a usá-la, quando descasco lima e mexerica também guardo e uso da mesma forma.

Na casa, a casca de laranja substitui aquele refil químico para o aparelhinho na tomada  que espanta pernilongos. A casca custa a queimar, por isto é indicada para acender fogo em lareiras e churrasco. Menciono isto porque  dura mais tempo no aparelhinho e ainda dá um leve aroma, bem suave, no quarto antes de dormir. Pode-se usar numa tomada junto da cabeceira porque o óleo não tem nada tóxico. Dizem que serve como repelente de formigas em acampamentos, estas mesmas cascas secas empilhadas ou agrupadas num montinho.

Outro costume que adquiri foi o de não jogar fora um limão partido até terminar de lavar a louça. Esfrego-o nas mãos no final e isso retira odores e amacia as mãos (a borra de café também serve). Neste caso, o limão é melhor que a laranja. Só o faço à noite pois o limão em contato com o sol pode manchar a pele, isto já me ocorreu e posso me esquecer de enxaguar muito bem. Cascas de laranja fervidas (pode-se acrescentar cravo) ou colocadas no forno, dizem, dão um bom aroma na cozinha. Há quem as utilize no fundo da lata de lixo para dar bom cheiro.

Ainda podem ser usadas em artesanato, um exemplo aqui  e outro aqui. Pode-se inclui-la nos sachês  que perfumam ambientes - a dupla canela e larnja já é bem conhecida.

Outras sugestões que conheço mas não experimentei:

- adicionar ao pote de açúcar mascavo para mantê-lo macio

- usar tirinhas  nos cubos de gelo dando um leve aroma quando forem usados, estas tirinhas podem ser cortadas no zester (que é um instrumento de culinária agora facilmente encontrável por aqui e vale a pena ter)

- além do que já foi dito, pode-se acrescentar as casquinhas a cremes, molhos e sopas

- pode-se preparar o óleo de laranja a partir das cascas - este óleo já é utilizado em produtos químicos convencionais e em alguns produtos de limpeza livres de petroquímica como Biowash.

Há um óleo de lima-limão da marca Ubon (Suavitrat), de Nova Friburgo, que funciona como aromatizante de ambientes. Como é puro usamos quando alguém está doente para deixar o quarto levemente perfumado. Já adicionei este óleo a sal grosso para improvisar sal de banho para relaxar e dormir melhor. 

Almanaque do banheiro: Vermes? Melhor não tê-los! - 2

Tem toda a razão o título acima: melhor não tê-los. Além de contrariarem profundamente nosso ideal de limpeza, o fato é que vermes pintam e bordam dentro do hospedeiro. Andam para cima e para baixo como se estivessem em casa, e quando querem se fixar usam ganchos, ventosas e dentes para se agarrar em nós. Machucam e destroem tecidos, invadem a corrente sanguínea e viajam pelo corpo inteiro, produzem toxinas ruins para nós, um horror. Alguns têm boca, aparelho digestivo e ânus; outros absorvem todos os nutrientes pela própria superfície do corpo, feito esponjas. Competem conosco pela comida, já que precisam das mesmas coisas para viver: proteínas, vitaminas, minerais, gordura – e glicose, muita glicose, que armazenam em forma de glicogênio e vão gastando em sua exaustiva vida de parasitas.

Causam não poucos danos, assim como as pragas de um jardim. Do mesmo jeito que uma planta cria fungos ou é comida por uma lagarta ou abriga centenas de ovinhos do que quer que seja e fica doente e morre, nossos tecidos externos e internos podem abrigar um sem-fim de parasitas. E não é qualquer sem-fim de parasitas não, é uma comunidade muito sofisticada que passa por vários estágios difíceis antes de conseguir se estabelecer direito. Como não tem proteção corporal contra agressões externas, precisa de um lugar quentinho e úmido para viver – de preferência com comida, e melhor: mastigada, engolida e digerida, fast-food de parasitas.

Agora, uma notícia boa e outra ruim. A ruim é que, do milhão e meio de espécies vivas identificadas até agora, mais de 2/3 são parasitas. A boa é que nenhum parasita tem interesse em matar o hospedeiro, porque estaria inviabilizando a própria existência.

Postei novamente porque a primeira postagem, com 286 comentários, ficou muito difícil de manobrar e resolvi encerrá-la. Mas a informação que está lá pode ajudar muito quem tem perguntas e dúvidas: http://www.soniahirsch.com/2009/03/vermes-melhor-nao-te-los.html

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Mel contaminado por pólen transgênico? União Europeia já proibiu



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POR UM BRASIL ECOLÓGICO,
LIVRE DE TRANSGÊNICOS E AGROTÓXICOS
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Número 554 - 09 de setembro de 2011
Mel contaminado por pólen transgênico não poderá ser livremente comercializado na Europa
Car@s Amig@s,
O Tribunal de Justiça Europeu (ECJ, na sigla em inglês) determinou esta semana que mel contendo traços de produtos geneticamente modificados deve ser considerado “alimento produzido a partir de transgênicos”, mesmo que a contaminação tenha sido acidental. A decisão abre caminho para que apicultores cujos produtos tenham sido contaminados possam pedir indenização pelos danos sofridos.
Este caso teve início quando um apicultor amador da Baviera, na Alemanha, descobriu que suas colmeias, mel e derivados haviam sido contaminados pelo pólen de lavouras experimentais de milho transgênico conduzidas pelo governo do estado na região. O caso foi levado para o tribunal estadual. Este não conseguiu chegar a um veredicto e encaminhou o processo ao Tribunal de Justiça Europeu.
De acordo com a decisão do mais alto tribunal da União Europeia, tanto o mel como alimentos que contenham mel que apresente traços de contaminação por pólen de milho transgênico não poderiam ser vendidos no bloco de 27 países sem autorização prévia.
Frédéric Vincent, porta-voz da União Europeia para defesa do consumidor, declarou que a decisão afetará as importações de mel de países como a Argentina, onde as lavouras transgênicas são amplamente disseminadas. “A Comissão evidentemente acatará a decisão do ECJ, mas teremos que analisar as 50 páginas do veredicto para assegurar seu cumprimento”, acrescentou.
José Bové, do Partido Verde e membro do Parlamento Europeu, comentou a decisão: “Este caso prova que a coexistência é uma falácia e que os cultivos transgênicos não permitem a escolha por produtos livres de transgênicos. Permitir o cultivo de lavouras geneticamente modificadas claramente leva à contaminação das lavouras não transgênicas e de outros produtos alimentares como o mel. Os apicultores não são capazes de se prevenir contra a contaminação do mel por pólen transgênico, assim como agricultores não podem se prevenir contra a contaminação de suas lavouras, e portanto são impotentes para evitar da integridade dos alimentos que produzem. A única maneira segura de prevenir isto é impedir o cultivo de transgênicos”.
Bart Staes, outro parlamentar verde da UE, declarou: “O lobby da biotecnologia sempre fala de liberdade de escolha; a questão é: liberdade para quem? (...) A Comissão Europeia deveria revisar sua legislação sobre transgênicos para levar em conta os interesses dos consumidores e produtores de alimentos, e não a indústria da biotecnologia”.
Para Mute Schimpf, da ONG Friens of the Earth Europa, a nova decisão “reescreve o livro de regras e fornece subsídios legais para a criação de medidas mais rigorosas para prevenir a contaminação” por lavouras transgênicas. 
De fato, este é mais um exemplo, que vem somar-se a tantos outros, comprovando que a coexistência entre cultivos transgênicos, convencionais e orgânicos é impossível na prática. Os primeiros só podem existir em detrimento dos outros. E prevalecendo os transgênicos, perdem os agricultores, que ficam reféns da tecnologia das multinacionais, e os consumidores, que perdem o acesso a alimentos livres de contaminação. 
Com informações de:
- EurActiv - Bélgica: Court ruling challenges EU laws on GMO co-existence, 07/09/2011.
- New Scientist - Reino Unido: Honey verdict gums up GM rules, 07/09/2011.
- The Greens | European Free Alliance, Bélgica: Court ruling on GM contamination blows hole in the myth of coexistence, 06/09/2011.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

De luto por Fátima Barbosa

 ... Aí já vamos encontrar outra pessoa participando de escutas e escolhas: a Fátima, Maria de Fátima Barbosa, revisora e comadre literária desde meu terceiro livro, parteira desses filhos. Quantos hífens na nossa amizade. Vírgulas roubadas de parte a parte, acentos desnecessários, tremas imprevistos, concordâncias suspeitas, um olhar que o leitor jamais percebe se o trabalho for bem feito. Fora o capítulo de dúvidas, inseguranças, desabafos. E que sufoco revisar os índices, hem, Fátima?... *

Eu sentia que tinha feito de fato um livro novo quando ele passava às mãos dela para a primeira leitura, primeira revisão de texto, os defeitos todos de fora. Sabia a quem estava entregando meu filho, meus pontos sensíveis, minhas brincadeiras. Ela corrigia, comentava, interrogava, sugeria, com carinho e delicadeza, sabendo lidar, alegre, animada. E tínhamos altas conversas sobre todos os outros assuntos da vida, em contato constante por 27 anos, reciprocando apoio em inúmeras ocasiões.

Foi-se ontem minha amiga, precocemente, aos 54 anos. Sei que muitos, como eu, têm agora os olhos marejados o tempo todo, com uma saudade intensa e um amor enorme. Ambos ficarão. 

* Crédito publicado no livro O mínimo para v. se sentir o máximo, em 1993.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Para que serve o jornal? Simone Coimbra responde



Está na revista virtual Sans Nom S/N este trabalho maravilhoso da estilista Simone Coimbra, que inventa as roupas mais incríveis com aquilo que estiver à mão. E nem importa se as notícias são boas ou se escorre sangue, se os corruptos se revelam ou governos vêm abaixo: o que sempre serviu para embrulhar o peixe agora também pode embrulhar - lindamente - as moças. E o making of está aqui. Parabéns, Simone!