quinta-feira, 11 de julho de 2013

Assim é que se fala: " ...decidi vetar parcialmente, por contrariedade ao interesse público..."

Que bom que a Presidente Dilma teve a clareza e a sensibilidade de vetar os pontos críticos do chamado "Ato Médico", que visava a varrer da face da terra os saberes de outras categorias profissionais de atenção à saúde, transformando-as em meras serviçais.

Fica claro no veto que "Não são privativos do médico os diagnósticos funcional, cinésio-funcional, psicológico, nutricional e ambiental, e as avaliações comportamental e das capacidades mental, sensorial e perceptocognitiva”. http://www.in.gov.br/visualiza/index.jsp?jornal=1&pagina=6&data=11/07/2013

Mais adiante, onde o projeto de lei queria que fossem exclusivos do médico a "invasão da pele atingindo o tecido subcutâneo para injeção, sucção, punção, insuflação, drenagem, instilação ou enxertia, com ou sem o uso de agentes químicos ou físicos”, o veto divulga o que muita gente não sabe, a acupuntura como política de saúde no SUS:

“Ao caracterizar de maneira ampla e imprecisa o que seriam procedimentos invasivos, os dois dispositivos atribuem privativamente aos profissionais médicos um rol extenso de procedimentos, incluindo alguns que já estão consagrados no Sistema Único de Saúde a partir de uma perspectiva multiprofissional. Em particular, o projeto de lei restringe a execução de punções e drenagens e transforma a prática da acupuntura em privativa dos médicos, restringindo as possibilidades de atenção à saúde e contrariando a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares do Sistema Único de Saúde. O Poder Executivo apresentará nova proposta para caracterizar com precisão tais procedimentos."

Valeu, Presidente.

Agora, que tal recuperar a eficácia dos exames de fezes e fazer mais promoção da saúde através da alimentação?

Ops, me empolguei...

5 comentários:

  1. Legal sua participação!!!

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  2. Também escutei! =)

    Eu acho que daria um ótimo papo seu com o Arrigo Barnabé, no programa que ele tem na rádio Cultura. http://www.culturabrasil.com.br/programas/supertonica

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  3. E o Arrigo se liga nos temas da saúde, Bruno?

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  4. Bem... As entrevistas dele são sobre muitos temas... Não só música. Ele entrevistou um cara falando de taoísmo, vários sobre literatura.
    Saúde, realmente, não.
    Mas: como a teu trabalho extravaza a "saúde" e o programa dele, a música, meu palpite é que suas cabeças tem muito a ver.

    Escute um programa: são MUITO legais.

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  5. O bom de ser entrevistada por alguém que se liga nos temas da gente é que as perguntas têm a ver, comentários acrescentam, a conversa cresce... Há uma cumplicidade. De alguma forma o entrevistador já sabe o quanto o entrevistado pode render e dá força. É muito bom!

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