sábado, 25 de agosto de 2012

Deu no El País: Medicamentos em busca de doenças

de: Andres Cebrian
para: Deixa sair
do jornal espanhol El País, 9 julho 2012
autora: Milagros Pérez Oliva

Dois grandes laboratórios farmacêuticos, GlaxoSmithKline e Abbott, aceitaram nas últimas semanas pagar multas astronômicas por ter incorrido em práticas graves na promoção e venda de medicamentos. Ambas as companhias se reconheceram culpadas e fizeram acordos extrajudiciais para evitar males maiores, caso os processos chegassem a juízo. Essas más práticas incluem vender medicamentos para patologias para as quais não são indicados, pagar presentes e subornos para que os médicos os prescrevam e, o que é mais grave, ocultar a existência de efeitos adversos.

O que está por trás dessas multas multimilionárias é a estratégia adotada por alguns laboratórios no final dos anos oitenta para incrementar os lucros, não através de novos e melhores fármacos, algo cada vez mais oneroso, e sim conseguindo novas indicações para seus velhos medicamentos. Essa estratégia inclui a criação artificial de doenças, o que em inglês se conhece como disease mongering, ou seja, a intenção, que muitas vezes dá certo, de converter processos naturais da vida como a menopausa, a tristeza ou a timidez em patologias suscetíveis de ser tratadas com drogas.

GlaxoSmithKline, a terceira maior farmacêutica do mundo, com um faturamento de 33.998 milhões de euros em 2010, terá agora que pagar 2.400 milhões de euros por ter promovido durante anos a prescrição para menores de um antidepressivo, o Paxil, autorizado unicamente para adultos pelos efeitos adversos demonstrados em pacientes jovens; por ter indicado outra droga, o Wellbutrin, para processos em que não tinha atividade terapêutica demonstrada, como a obesidade e a disfunção sexual; e por ter ocultado que um de seus medicamentos mais vendidos, o Avandia, aprovado para tratar diabetes, aumentava o risco de afecção cardíaca.

Essa foi considerada a maior fraude da história, mas não era a única. Em maio, a farmacêutica Abbott chegou a um acordo similar e aceitou pagar uma multa de 1.225 milhões de euros por ter estendido o uso de um anticonvulsivo aprovado em 1983 para tratar epilepsia e transtorno bipolar a outras patologias em que não tem qualquer eficácia provada, como a agitação dos idosos com demência senil. O laboratório pagou durante 10 anos a médicos e residências de idosos para que prescrevessem a droga. Também a Pfizer aceitou pagar em 2009 uma multa de 1.800 milhões de euros pela promoção fraudulenta de outros 13 medicamentos.

A comercialização do Paxil em 1999 é um exemplo paradigmático de disease mongering. Até este momento de reconhecia como entidade patológica a a agorafobia, um transtorno muito severo cujos portadores são incapazes de sair de casa e quando o fazem podem sofrer ataques de pânico. O lançamento do Paxil se centrou em uma nova entidade, a fobia social, que dava muita margem já que podia abranger desde formas leves de agorafobia à simples e rasa dificuldade para falar em público. Paxil se apresentou com grande presença na mídia como a pílula da timidez e o laboratório elegeu para seu lançamento na Europa a cidade de Londres, capital do reino onde, segundo a propaganda, há mais tímidos.

O Paxil era na verdade um velho antidepressivo, a paroxetina, que voltava ao mercado com nova roupagem e, claro, novas indicações. Quando os foruns de saúde pública criticaram o laboratório por essa manipulação, os responsáveis culparam a imprensa pela distorção. Mas em seu discurso diante da assembleia de acionistas, o executivo responsável pelo fármaco, Barry Brand, foi muito sincero: “O sonho de todo comércio é dar com um mercado por conhecer ou identificar, e desenvolvê-lo. Isso é justamente o que conseguimos fazer com a síndrome de ansiedade social.”

Na mesma época do Paxil, um número grande de drogas conhecidas como pílulas de felicidade foram para o mercado, destinadas a nos livrar, com um glup!, das angústias, temores, fobias e frustrações que inevitavelmente nos acompanham na vida. Na maioria dos casos eram princípios ativos com eficácia demonstrada em outras patologias. (…) Assim se passou muitas vezes do velho paradigma de “doença em busca de remédio” ao mais lucrativo “remédio em busca de doença”.

Essa estratégia, objeto de muitos artigos em revistas médicas, articula-se em três fases. Na primeira se trata de identificar as patologias, próximas ou não da indicação primitiva, em que se poderia justificar de algum modo a prescrição da droga. A segunda consiste em colonizar os meios de comunicação com estudos, reportagens e entrevistas, de aparência independente, sobre a importância social da patologia a tratar, e o muito que sofrem os que a têm. Uma vez sensibilizadas a população e as autoridades sanitárias,  entra a terceira fase: oferecer a solução. Para fechar esse círculo virtuoso é importante contar, se possível, com a colaboração dos próprios pacientes.

Em 1999 o escritório da PRNews, de Nova York, contabilizou um milhão de menções ao novo fármaco Paxil, o único aprovado até aquele momento contra a ansiedade social. Uma investigação posterior do jornal The Washington Post revelou que entre 1997 e 1998 se haviam publicado mais de 50 reportagens extensas na imprensa norteamericana sobre como era terrível a ansiedade social e o muito que estava aumentando.

A esta época pertencem também os dois fármacos que melhor simbolizam os grandes sucessos dessa estratégia: Viagra e Prozac. Pouco antes do lançamento do Viagra, os problemas da disfunção erétil tiveram uma surpreendente atenção por parte dos meios de comunicação. Entre os estudos de maior eco midiático havia um revelando que nada menos de 72% dos homens entre 40 e 70 anos, nos EUA, sofriam de algum tipo de dificuldade para conseguir ereção, o que era considerado terrivelmente alarmante para os especialistas que opinavam sobre o tema. A pílula azul teve tanto êxito que não só se prescreve em casos de autêntica disfunção erétil como em muito outros para os quais de duvida que tenha alguma eficácia. Ultimamente se usa também com fins recreativos, para prolongar a ereção. As consequências desses abusos não são divulgadas com estatísticas, mas há vítimas e mortes.

Para vender Prozac, os laboratórios se dirigiam ao usuário, não ao médico

A fluoxetina, princípio ativo do Prozac, foi aprovada nos Estados Unidos em 1992. Chegou à Espanha em 1997 precedida por uma intensa e exitosa campanha que incluía menções elogiosas em obras literárias e cinematográficas. A comercialização do Prozac incorporou uma novidade: pela primeira vez os laboratórios não se dirigiam aos médicos para aumentar a prescrição, mas aos possíveis usuários. Como era de esperar, bateu o recorde de progressão de vendas de um fármaco. Já no primeiro ano se venderam dois milhões de unidades, a maior parte às custas da Previdência Social, à qual se passou uma fatura de 9.200 milhões de pesetas [9,2 bilhões].

Para se fazer uma ideia do que essa cifra representa basta recordar que o lançamento do Prozac coincidiu com a promulgação da norma que introduzia na Espanha a comercialização de genéricos e o sistema de preços de referência. A aplicação combinada dessas duas medidas deveria produzir no primeiro ano uma poupança de 8.000 milhões. O Prozac comeu a poupança.

Seguindo fielmente a pauta do disease mongering, apresentou-se também o fármaco que devia ajudar as mulheres a superar essa fase tão terrível da vida que é a menopausa, protegê-las do infarto e da osteoporose e garantir a elas pouco menos que a eterna juventude: a controvertida terapia de reposição hormonal. De novo chegou ao mercado precedida de um grande número de reportagens e informes sobre as consequências da menopausa, que não só traz calores, secura vaginal, aumento de peso e dificuldade para dormir, como graves riscos para a saúde. Vários estudos haviam mostrado que a queda de estrógenos na menopausa faz as mulheres perderem a proteção que tinham quanto ao infarto e acelera a perda de massa óssea. Tudo isso estava certo, mas não era tanto que a nova droga tivesse os efeitos protetores que proclamava. Apesar disso, apresentou-se como a grande panaceia.

Como aconteceu em outros países, os chefes de ginecologia dos principais hospitais espanhóis convocaram a imprensa para recomendar que a terapia fosse ministrada em caráter preventivo a todas as mulheres a partir dos 50 anos e por um período de pelo menos 10. Afortunadamente, a Previdência Social não lhe fez caso.

Intensas campanhas promovem o reconhecimento de novas síndromes

Durante os anos seguintes uma série de estudos alertava sobre os possíveis efeitos adversos dessa terapia. Em 2002, quando na Espanha já a haviam tomado mais de 600.000 mulheres e nos Estados Unidos mais de 20 milhões, chegou o “jarro de água fria na eterna juventude feminina”, para utilizar a expressão com a qual o jornal The New York Times intitulou a matéria. O FDA interrompeu de chofre um estudo do qual participavam 16.000 mulheres, o Women’s Health Iniciative, que devia demonstrar todas as bondades e efeitos preventivos pelos quais se estava receitando. O estudo devia terminar em 2005, mas os resultados preliminares indicavam que o tratamento não só não tinha os efeitos protetores como a partir de 5,2 anos de tratamento aumentava o risco de surgir câncer de mama invasivo e acidente cérebro-vascular. Com o tempo se viu que o fármaco tem lá sua utilidade em casos muito concretos e muito cuidadosamente avaliados, mas nunca deve ser ministrado, como se pretendeu, como tratamento preventivo em caráter geral e menos ainda como “pílula”para combater o medo de envelhecer.

Enquanto isso, novas síndromes apareceram e são objeto de intensas campanhas para serem reconhecidas. Novos fármacos se somam à estratégia do disease mongering. A polêmica se centra agora no amplo leque dos transtornos da personalidade, da desordem bipolar e do déficit de atenção.

Efeitos adversos que não deviam vir à luz

Em 2004 se soube que a GSK havia ocultado que entre crianças e adolescentes tratados com Paxil se produzia uma taxa maior de pensamentos e condutas suicidas. Ao ser descoberta, a companhia chegou a um acordo extrajudicial e se comprometeu a publicar todos os dados de seus estudos clínicos. Enquanto isso, a investigação deste e de outros casos motivou em 2007 uma mudança legislativa nos Estados Unidos que obrigou as farmacêuticas a publicarem todos os dados dos estudos clínicos que fizeram. Essa norma permitiu descobrir que a GSK havia ocultado também dados comprometedores de seu fármaco Avandia, que se receitava para tratar diabetes.

A farmacêutica havia iniciado em 1999 um estudo secreto para averiguar se o Avandia era mais seguro que seu competidor Actos, da empresa Takeda. Os resultados foram desastrosos: não só não era mais eficaz como apresentava um risco significativamente maior de danos cardíacos. Esses resultados deveriam ter sido comunicados às autoridades sanitárias, mas, em lugar de disso, a companhia fez todo tipo de manobra para evitar que transpirassem. Uma investigação do The New York Times revelou em 2010 diversos memorandos internos entre diretores nos quais se advertia que os dados do estudo não deveriam ver, sob nenhum pretexto, “a luz do dia”.

Os riscos do Avandia foram confirmados em um estudo independente de um cardiologista de Cleveland. A GSK reconheceu que sabia dos riscos do Avandia desde 2005, mas as investigações posteriores indicam que a companhia já tinha conhecimento dos efeitos adversos não declarados desde antes de sua comercialização, em 1999, e não só permitiu a prescrição sem nenhuma advertência como fez todo o possível para ocultá-los, sabendo que havia alternativas mais seguras para os pacientes.

Manter a fatia de mercado do Avandia era uma questão estratégica para a GSK, em um momento em que seu portfolio estava órfão de novos produtos. Entre os documentos conhecidos agora figura um informe interno, no qual a companhia avaliava o custo que teria com a revelação dos efeitos adversos: 600 milhões de dólares, somente entre 2002 e 2004.

21 comentários:

  1. E falando em transformar tristeza em doença, eu quero te agradecer!! Sério, aquela receitinha de tintura de Losna e Azeite de Alho salvou meu semestre!!Andava tão cansada e desanimada. Levantar da cama de manhã parecia uma tarefa hercúlea. Atribuía tudo isso ao excesso de atividades mas eis que bati nesse blog e resolvi tratar os possíveis parasitas que todo mundo tem .... Meu Deus, quanta diferença!!Parece milagre , mas não é . É a sabedoria dos antigos, muito viva e potente!!Sonia, obrigada e continue nos contando tudo, please! Bjinhos.

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  2. Oi Sonia:
    eu acho que isso não poderia ficar sem comentário.

    Quer dizer. O barato daqui é também ser um lugar de debate e expressão de coisas relacionadas à saúde colocadas por gente como a gente, amadores como eu.

    Voltando à notícia... Na minha opinião, é bom isso vir à tona para as pessoas se darem conta do que é o fruto do casamento do comércio (e da indústria) com a medicina...

    Infelizmente, acho que a denúncia do El País é só um ponto infinitesimal da ponta de um iceberg exponencial.

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  3. ...um pontinho tão minúsculo que talvez seja melhor nem tentar prestar atenção...

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  4. Não não não...

    É um pontinho e máxima atenção nele: o que quis dizer é que o que é denunciado no El País não me parece exceção, mas regra no sistema médico industrial.

    Claro que é importantíssimo também pelo precedente jurídico, legal, histórico, etc. Eu não conheço nenhum outro caso assim

    Beijo



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  5. A vida não é feita de pontinhos?

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  6. Eu nunca pensei na vida como pontinhos. Talvez três pontinhos...

    =)

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  7. entao...ola Sonia, ola a todos...

    ainda espero ver dois topicos por aqui...

    Cannabis( canhamo, santa maria, maconha)...

    Azadiratcha indica ( neem indiano).

    Até onde pude pesquisar... Sao duas espécies milenares completas...
    amplas no tocante da natureza da palavra...
    a cannabis temos o oleo, o leite das sementes quase tao completo quanto o leite materno, fornecem todos os aminoácidos, Omega 3 e 6 e inúmeros outros nutrientes necessários que o corpo precisa para funcionar corretamente, farinha, cosmeticos, textil, biocombustivel, moveis, casas... bom...vou deixar voces com suas pesquisas...mas adoraria ver o assunto desenrolar...
    trocar nossas idéias...
    Saudavelmente...
    o resto é hipocricisia, conceito, interesses...
    com uma simples planta...
    o sistema de industria farmaceutica, textil, alimenticia, combustivel vai ao chao...
    mas precisamos levantar a bandeira e lutar pela causa...
    podemos nos interar??
    Sonia...minha vida mudou depois que conheci seu blog...
    vou adquirir os livros tao logo quanto puder...
    e todos que comentam aqui ajudam muito, uns aos outros...
    saude nao eh bicho de sete cabecas....
    o problema sao os lacaios politicos e todos os seus tentaculos...e interesses financeiros...
    abraco verdadeiro pessoas...e um sorriso cheio de amor e saude...

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  8. Oi, Rodrigo, gosto de ambos os temas, mas não se enquadram bem na promoçào da saúde. Há muita informaçào boa sobre eles por aí. O neem eu uso direto no jardim, no banho das cachorras, na higienização da casa. Já plantei e não deu. Sobre a maconha, vamos acompanhar a iniciativa do Uruguai porque vai rolar muita controvérsia – e muita informação. Um abraço!

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  9. O neem é bem interessante... Serve meio que para tudo - desde tuberculose em humanos até como forma de tratar parasitas em plantas e bichos.

    Parece que tem uma espécie de neem brasileiro, mas eu não sei se é tão porreta.

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  10. Importantíssimo esse post, pois nos lembra do óbvio: a indústria farmacêutica tem um único objetivo, o lucro. E tem uma influência tremenda nos governos, na mídia e na área médica. Durante três anos cobri eventos de Oftalmologia. Tapete vermelho, comidinhas, presentes e viagens aos congressistas. Quando acompanhei minha irmã em um congresso de Psicologia (praticamente um acampamento na USP) vi a diferença. Todo interesse pelo profissional que medica – e desprezo por aquele que busca tratamento sem medicação.
    Agora, cada consumidor tem seu papel nessa engrenagem. Evitar a automedicação, por exemplo. Quantos não se entopem de comida, bebida e depois entram sem culpa nos antiácidos e quetais?

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  11. Olá Sônia!
    Eu presenciei esta prática abominável quando participei de um projeto de marketing em uma indústria farmacêutica nacional. É ultrajante e descarado!!
    Os médicos são premiados por número de receituários emitidos, e existe até um sisteminha secreto (chamado close-up) que o balconista da farmácia acessa e registra o CRM do médico e o remédio que ele está indicando. No final do ano esses dados são compilados a nível nacional e geram um relatório com os "campões" de indicação de cada farmacêutica. Estes ganham viagens, pagamento de despesas em congressos, entre outras coisas...
    Outro bizarrice que presenciei foi a aprovação de um medicamento que foi testado em 10 pessoas! "Apenas" três pessoas apresentaram reações e o medicamente foi aprovado. Três pessoas, na visão da indústria, é uma porcentagem irrelevante. E 30% de 10.000 ou 100.000 pessoas, será que é irrelevante?
    O ser humano se supera a cada dia no quesito desumanidade! Se fazem isso conosco, o que dirá do que fazem aos animais...
    Aqui é dos poucos lugares que me dão esperança na vida e nas pessoas...Continue assim!
    Um abraço.
    Thais

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  12. Oi, Thaís e Raquel, agradeço os ótimos comentários. Hoje em dia é uma luta manter os olhos abertos para todo tipo de falcatrua. Gostaria de ver este tema levado a um julgamento como o do mensalão - já que as principais vítimas da indústria médico-hospitalar-farmacêutica dão seu dinheiro suado todos os dias para alimentar o monstro.

    E o governo distribui de graça remédios para hipertensão, diabete e asma. É muito amor pela humanidade, não? Abraços!

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  13. a cannabis nao se enquadra bem na promocao da saude, Sonia?
    nem se deu ao trabalho de colocar "cannabis" no google né...
    ninguem pesquisa...
    fica todo mundo superficial...
    toquei no assunto com vc pq percebi que no seu blog se trata de saude...
    vamo trocar figurinhas...
    esse assunto precisa desenrolar...
    e muito bem...
    chega de controle de estado e governo...

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  14. Cannabis na promoção da saúde, Rodrigo? Como assim?

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  15. Ola Sonia, desculpa pela demora...e obrigado por perguntar apesar de eu ja ter deixado a resposta mais acima...e ser mais facil rolar uma pesquisa entres ambas e mais partes...
    entao...respondendo a sua pergunta sobre Cannabis na promocao da saude...Sim na promocao da saude e no tocante mais amplo da palavra saude, nao só a saude de nós ditos seres humanos, mas da terra tb.

    Vamos lá...Alimento para humanos, alimentos para animais e tantas outras utilizacoes.

    As sementes de cânhamo serão talvez as melhores proteínas vegetais que existe mas é preciso redescobri-las pois caíram em desuso actualmente.

    Porque o uso do cânhamo quase desapareceu?

    O governo dos Estados Unidos (sempre os EUA) proibiu o cultivo de cânhamo à cerca de 60 anos pois era um forte competidor contra o algodão ali produzido. O mesmo foi tentado, difamando o azeite de oliveira, de forma a tentar introduzir o azeite de girassol na Europa.Entre muitos outros interesses...

    vegetal milenar (assim como alho, coco, alecrim, aloe, canela, cravo entre muitos outros mais) já a muito tempo utilizado por uma enorme gama e forma de utilizacao...

    nao estou falando só de enrolar um baseadinho da paz...

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  16. vamos mais a fundo...
    planta de origem asiática que pertence à família das Cannabaceae.

    O cânhamo (cannabis) é uma das plantas com maiores benefícios para o ser humano e o aproveitamento das suas inúmeras propriedades é feita já à milhares de anos.

    Recordemos que do cânhamo pode-se fazer cordas, roupas, azeite para massagens, azeite para queimar, azeite culinario, oleos essenciais, suplemento nutricional, medicinais, produtos de cuidado com o corpo, texteis, móveis, contrucoes(casas, bicicletas etc) serve para produzir leite, oleo, farinha, papel, tintas, telas, tenis, biomassa, cama e alimento para animais, biocombustivel, etc.
    As cordas assim como as velas das embarcacoes dos viajantes como Cristovao Colombo, Pedro Alvares Cabral entre outros eram feitas de canhamo.
    As telas de Van Gogh.
    Cleopatra usava.

    Informação nutricional das sementes de cânhamo (por cada 100 g.)

    25 % de Proteínas.
    35 % de Hidratos de carbono.
    35% de Azeite (ácidos gordos essenciais Ómega 3 e Ómega 6)
    380 Kcal.
    Se é surpreendente o seu alto nível de proteínas vegetais também é preciso destacar a sua assimilação ou disponibilidade uma vez que contêm todos os aminoácidos essenciais e isso é muito importante para as pessoas vegetarianas ou que consomem, em geral, poucas proteínas.

    Têm vitaminas A, C, D, E e do grupo B. Entre os minerais destaca-se a quantidade de cálcio, fósforo e ferro.

    Como juntar sementes de cânhamo à dieta

    As sementes de cânhamo podem-se consumir de muitas formas: inteiras, moídas, germinadas ou em forma de azeite.

    Inteiras: tradicionalmente usam-se adicionando-as a bolachas e pães.
    Trituradas: adicionando como condimento a saladas, pastas, sopas, etc.
    Germinadas: é pouco conhecida esta forma de consumo e há que ter em conta que as suas propriedades aumentam ainda mais.
    Farinha: podem-se usar como qualquer outra farinha “normal” para pizzas, bolos, bolachas, pão, hambúrgueres vegetais, etc.


    A nível nutricional é interessante saber que estaremos a consumir um produto livre de pesticidas pois é uma planta que não precisa de nenhum produto químico. O sabor é suave e agradável recordando um pouco as sementes de frutos secos como girassol, avelã ou nozes

    Uma das propriedades mais interessante é o uso das sementes de cânhamo como proteína vegetal tanto para humanos como para animais. A sua riqueza em ácidos gordos tornam-nas bastante aconselháveis para cuidar ou prevenir doenças cardiovasculares. Ajudam ao bom funcionamento do sistema imunitário e são um potente antioxidante (ácidos gordos e vitaminas A e E)

    São ideais para ajudar nos casos de dificuldade em defecar pois têm uma grande percentagem de fibras e são por si mesmas uma das proteínas vegetais de mais fácil digestão.

    fonte: http://comidaecologica.com.br/artigos/semente-de-canhamo-ou-maconha-sao-ricas-em-proteinas/

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  17. Óleo de semente de maconha é a mais alta de qualquer planta em ácidos gordos essenciais.É um dos mais baixos em gorduras saturadas em 8% do volume total de petróleo.O óleo pressionado das sementes contém 55% de ácido de lineoleic (LA) e 25% ácido linolênico (LNA). Apenas óleo de linho tem mais LNA em 58%, mas o óleo de cânhamo é o mais elevado em ácidos gordos essenciais totais em 80% do volume total de óleo.

    Sementes de maconha em Cardio Vascular tratamento da informação

    Pioneiros nos campos da bioquímica e nutrição humana, agora, acredito que as doenças cardiovasculares e a maioria dos cânceres são realmente doenças de degeneração gordurosa decorrente do excesso de consumo contínuo de gorduras saturadas e de óleos vegetais refinados que ácidos graxos essenciais se transformam em assassinos.Um em cada dois povos no oeste vão morrer com os efeitos da doença cardiovascular e uma em cada quatro vai morrer de câncer.Os pesquisadores acreditam que cancros evoluem quando a resposta do sistema imunológico está enfraquecida.Estudos estão em curso, usando óleos essenciais a partir de sementes de maconha para apoiar o sistema imunológico de pacientes com HIV.

    O conjunto completo de proteínas em maconha sementes dá corpo todos os aminoácidos essenciais necessários para manter a saúde e fornece o necessários tipos e quantidades de aminoácidos, o corpo precisa fazer soro albumina humana e globulinas de soro como o gamma reforço imunológico anticorpos gobulin.

    Em suma, temos de usar os benefícios de sementes de maconha para todos em vez de manter o status quo que usa a ignorância e estatuto para mantê-lo tão difícil.

    fonte: http://www.cannabisseeds.com/pt/marijuana-seeds.htm

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  18. Tem ainda uma abordagem mais aprofundadada e mais cientifica...

    Mais enderecos acessados:
    http://www.thehia.org/index.html
    Hemp Industries Association(diretorio)

    http://www.hemp.com/pt/2012/05/review-hempsters-plant-the-seed/
    http://www.hemp.com/pt/2012/05/agricultural-hemp-foods-improve-quality-of-life/

    Sobre o neem o material eh muito grande tb..
    vou colocar um link pra nao ocupar muito espaco...

    http://permaculturabr.ning.com/group/medicinanatural/forum/topics/azadirachta-indica-a-juss-neem-indiano?xg_source=activity

    na verdade eu acho que era melhor eu ter mandado um email pra vc antes...creio eu...
    minhas intencoes sao saudaveis...

    desculpe pelo tamanho do texto...

    =)

    como faco pra poder viabilizar uma visita sua a cidade de Goiania?!

    Abracos...vamos juntos...Somando...SEMPRE!

    Vou ser pai e adoraria que essa semente fosse libertada...
    e que a Saude se instale novamente nesse mundo que andava doentio...
    Mas Jah estamos na luz...o Movimento nunca para...e far se á a Luz novamente nesse lindo Planeta, nessa linda Estrela...

    e conto com a pesquisa de todos...
    e facamos nossas trocas...
    produtivas...
    colocar os corruptos (politicos, policia, bandidos, instituicoes fincanceiras, instituicoes religiosas) criminosos onde devem ficar....

    "sem justica nao ha paz, é escravo entao."

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  20. ahhh...mas faz mal?
    se formos pensar no que faz mal...
    essa politica esdruxula de corrupcao e monopolizacao é o que nos faz mal...

    e tudo que é feito demasiado faz mal...
    chocolate, queijo, cerveja, vinho, doce, consumo, poluicao, televisao, politicos mentirosos, transito, comidas industrializadas, carnes processadas, alimentos transgenicos (Monsanto, racoes para caes e gatos, salgadinhos Elma Chips oleo de cozinha, amido de milho, etc) CO2, falta de respeito, falta de educacao, injustica, impunidade, e mais uma série de coisas que nos fazem mal...

    onda há corrupcao nao ha educacao...

    e desculpa qq coisa...

    E Viva Santa Maria...

    Eu vim de bem longe, eu vim, nem sei mais de onde é que eu vim
    Sou filho de rei muito lutei pra ser o que eu sou
    Eu sou negro de cor mas tudo é só amor em mim
    Tudo é só amor, para mim
    Xangô Agodô
    Hoje é tempo de amor
    Hoje é tempo de dor, em mim
    Xangô Agodô

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  21. Eita, Rodrigo, você se superou! ;-)

    Concordo com tudo. Mas receio que, do jeito que as coisas estão, o capitalismo veloz e furioso consiga estragar a cannabis também se ela for liberada.

    Vou a Goiania sim, qualquer dia. Este ano não estou querendo viajar muito, tenho mil coisas pra fazer e escrever, mas quem sabe ano que vem?

    Obrigada pela pesquisa e pelo convite. Um abraço!

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